segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Menos televisão para crianças


A televisão faz parte do dia a dia de adulto e crianças. Você acaba passando mais tempo perto da TV do que dos próprios pais, irmãos ou amigos. Por entreter e oferecer programação aos pequenos, a televisão acaba sendo uma companheira diária das crianças. E isso não é tão legal.
Uma nova declaração de política da Academia Americana de Pediatria (APP) reforça o discurso de que existem melhores atitudes de ajudar as crianças a aprender nessa idade tão crítica ao desenvolvimento neuropsicomotor. A AAP é uma organização de 60.000 pediatras comprometidos com a saúde física, mental e social e bem-estar para todos os bebês, crianças, adolescentes e jovens adultos.
Em uma pesquisa recente, 90% dos pais disseram que suas crianças menores de 2 anos assistem algum tipo de mídia eletrônica. Em média, as crianças desta idade assistem programas televisivos de 1 a 2 horas por dia. Aos 3 anos, quase um terço das crianças têm uma televisão no seu quarto. Os pais que acreditam que a televisão educativa é "muito importante para o desenvolvimento saudável" têm duas vezes mais chances de manter a televisão ligada por mais tempo.
Em 1999, a AAP já recomendava que crianças menores de dois anos não passassem muito tempo em frente à televisão. A revista Pediatrics também alerta sobre a relação televisão e crianças pequenas.
Segundo os membros da AAP, hoje se conhece ainda mais o desenvolvimento do cérebro das crianças menores de 2 anos e que a televisão tem efeitos mais negativos do que positivos.
Além disso, famílias que passam muito tempo assistindo televisão oferecem menos atenção a seus filhos e, consequentemente, menos estímulo. Pode haver um atraso de desenvolvimento de linguagem e de habilidades de raciocínio e motor.
A AAP recomenda que os pais brinquem junto com os seus filhos (com a televisão desligada, pois se ligada tira a atenção total da criança), desenvolvendo a criatividade, linguagem e cognição.
Conselho - Evite colocar uma televisão no quarto dos pequenos. Isso prejudica o sono, comprometendo comportamento, humor e aprendizagem.
Se os pais estão ocupados e não podem brincar junto com os seus filhos, em vez de colocá-los na frente da televisão, dê um jogo ou brinquedos que estimulará muito mais que um programa de TV, por mais educativo que seja.
Deixando pesquisas de lado, pense que a criança terá muito tempo da vida assistindo TV na fase adulta. Usar a mídia logo nos primeiros anos de vida da criança parece uma forma muito acomodada de querer “cuidar” bem dela.
Que fiquei claro que não é porque a criança começou a ver TV cedo que ela terá algum atraso no desenvolvimento motor. Mas existem outras maneiras mais interessantes a serem seguidas.
Aproveite a fase pequena de seu filho para brincar no parque, na piscina. Faça seu filho sujar a mão na areia, brincar de castelo, se divertir na água, se aventurar na bicicleta ainda com rodinhas e ter contato com a vida lá fora. Afinal, a TV ele conhecerá anos depois mesmo.

Convivência entre cães e grávidas

A descoberta da gravidez é um fato que traz emoções, ansiedade e expectativas. No caso das proprietárias de cães, também podem surgir algumas preocupações. Como será a relação com o cão dali para frente? Ele poderá conviver com a gestante? Quais serão os limites que deverão ser respeitados no contato com o pet?
Há algum tempo, a primeira sugestão de muitos médicos, em relação a grávidas e animais, era de limitar o contato totalmente, ou mesmo doar o animal. Após diversos estudos, hoje já é sabido que não é necessário tomar atitudes tão drásticas, e é possível, sim, uma convivência harmoniosa entre a proprietária e seu cachorro, mesmo durante a gestação.
No entanto existe alguns cuidados que devem ser colocados em prática, não só durante esta fase de gestação, mas durante toda a vida do cão:

  • Manter limpo o ambiente do animal: evite deixar fezes ou urina, pois além de contaminantes – ainda mais se o cão pisar e ficar passeando pela casa –, podem atrair mosquitos, vetores de doenças.
  • A saúde do seu cachorro deve estar em dia: seguir corretamente o programa de vacinação e vermifugação, segundo o veterinário responsável. Oferecer alimentos de qualidade, próprios para cães e água limpa. E consultar o médico veterinário sempre que perceber algum problema, mesmo que pequeno.
  • Sempre que limpar o local em que o cachorro fica, ou brincar com ele, lave as mãos em seguida.

Os locais da casa em que o cão terá acesso também devem ser estudados. Limitar repentinamente o ambiente e a convivência com pessoas pode estressar seu cachorro, e ele pode desenvolver problemas comportamentais relacionados à ansiedade.
O ideal é adaptar o pet aos poucos aos novos limites da casa. Por exemplo: caso a opção seja por não deixar o cachorro ter acesso ao quarto do nenê, comece a acostumá-lo com isso já na fase da gestação, para que ele se adapte a nova realidade.
É bom também acostumar o cão a pequenas frustrações, em relação a atenção dos proprietários. Assim, não faça todas as vontades do seu animalzinho, o tempo todo. Ele perceberá que, de vez em quando, mesmo com a presença de pessoas no ambiente, ele não terá toda a atenção. Quando o bebê chegar, ele já estará condicionado.
Cães muito ativos ou barulhentos requerem auxílio de um profissional, para serem ensinados a latir menos e transferir sua ansiedade para brinquedos que possam ser destruídos, ou passeios, por exemplo. Aulas de adestramento ajudam e muito nesses casos.
Conforme o avanço da gravidez, alguns movimentos ficam difíceis. Dessa forma, a limpeza do ambiente, os passeios e brincadeiras mais ativas ficam comprometidos. O ideal é ensinar e delegar para outro membro da família a fazer essas atividades, mas de maneira gradativa, para que o cão se habitue com as mudanças, sem traumas.
No próximo artigo, você descobrirá como preparar o pet para a chegada do bebê em casa e os primeiros dias de convivência entre o cão e o mais novo membro da família.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dez receitas de papinhas supernutritivas

  Elaboramos e testamos dez receitas para o preparo das primeiras papinhas do bebê. Você pode imprimir cada uma delas e colocá-las em seu livro de receitas. Assim, é possível variar o cardápio do pequeno e manter a sua rotina - e a dele - bem organizada. O segredo para acertar no ponto? Não temperar com sal - ou usar apenas uma pitadinha -, não misturar muitos ingredientes ou condimentos fortes e se munir de uma boa dose de paciência, já que a criança nem sempre aceita de bom grado as primeiras colheradas. Boa refeição!
 
1. PAPINHA DE CARNE, ABÓBORA, BATATA E COUVE
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de carne moída
- 1 batata pequena cortada em cubos pequenos
- 2 colheres de sopa de abóbora cortada em cubos pequenos
- 2 colheres de sopa de couve picada
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a batata e a abóbora. Cubra com água, tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a couve e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
2. PAPINHA DE CARNE, BATATA, BETERRABA E COUVE-FLOR
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de carne moída
- 1 batata pequena cortada em cubos pequenos
- ½ beterraba pequena cortada em cubos pequenos
- 2 colheres de sopa de couve-flor picada
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a batata e a beterraba. Cubra com água, tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a couve-flor e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
3. PAPINHA DE CARNE, FEIJÃO, MACARRÃO, ABÓBORA E BRÓCOLIS
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de carne moída
- 2 colheres de sopa de feijão cozido com caldo
- 1 colher de sopa de macarrão para sopa
- 3 colheres de sopa de abóbora picada em cubos
- 2 colheres de sopa de brócolis picados
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a abóbora e o macarrão. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte o feijão e os brócolis e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
4. PAPINHA DE FRANGO, MANDIOQUINHA, BETERRABA E ESCAROLA
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de frango cortado em cubos pequenos
- 1 mandioquinha pequena cortada em cubos
- ½ beterraba pequena cortada em cubos
- 2 colheres de sopa de escarola picada
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o frango. Acrescente em seguida a mandioquinha e a beterraba. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a escarola e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
5. PAPINHA DE CARNE, FUBÁ, CENOURA E COUVE
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de carne moída
- 2 colheres de sopa de fubá
- ½ cenoura pequena picada em cubos
- 2 colheres de sopa de couve picada
- ½ xícara de chá de água filtrada
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a cenoura e cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Acrescente a água fria e o fubá. Deixe cozinhar, sem parar de mexer até que o caldo fique encorpado. Junte a couve e cozinhe por mais 5 minutos. Se necessário, acrescente mais água. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
6. PAPINHA DE FRANGO, BATATA, BETERRABA, CHUCHU E ACELGA
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de frango cortado em cubos pequenos
- ½ batata pequena cortada em cubos
- 2 colheres de sopa de beterraba cortada em cubos
- 2 colheres de sopa de chuchu cortado em cubos
- 2 colheres de sopa de acelga picada
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o frango. Acrescente em seguida a batata, a beterraba e o chuchu. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a acelga e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
7. PAPINHA DE FRANGO, ARROZ, ERVILHA, CENOURA E ESPINAFRE
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de frango cortado em cubos pequenos
- 1 colher de sopa de arroz cru lavado
- 1 colher de sopa de ervilha fresca
- ½ cenoura pequena picada em cubos
- 2 colheres de sopa de espinafre picado
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o frango. Acrescente em seguida o arroz, a ervilha e a cenoura. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte o espinafre e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
8. PAPINHA DE FRANGO, ABÓBORA, MACARRÃO, ERVILHA E COUVE-FLOR
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 2 colheres de sopa de frango cortado em cubos pequenos
- 1 colher de chá de cebola picada
- 3 colheres de sopa de abóbora picada
- 1 colher de sopa de macarrão para sopa
- 2 colheres de sopa de ervilha fresca
- 2 colheres de sopa de couve-flor picada
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o frango. Acrescente em seguida a abóbora, a ervilha e o macarrão. Cubra com água, tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a couve-flor e cozinhe por mais 5 a 10 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
9. PAPINHA DE CARNE, MANDIOQUINHA, CENOURA E COUVE
Ingredientes
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- 2 colheres de sopa de carne moída
- 1 mandioquinha pequena cortada em cubos pequenos
- ½ cenoura pequena cortada em cubos pequenos
- 2 colheres de sopa de couve picada
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a mandioquinha e a cenoura. Cubra com água, tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a couve e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
 
Rendimento: 1 ou 2 porções
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.
 
10. PUREZINHO DE CHUCHU E CENOURA
Ingredientes
- 1 colher de chá de óleo vegetal
- 1 colher de chá de cebola picada
- ½ chuchu pequeno cortado em cubos pequenos
- ½ cenoura pequena cortada em cubos pequenos
 
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola. Acrescente em seguida o chuchu e a cenoura. Cubra com água, tampe a panela e cozinhe em fogo baixo até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Amasse todos os ingredientes com um garfo.
 
Rendimento: 1 porção
 
Dica: para deixar a papinha mais cremosa, passe os ingredientes em uma peneira grossa.
 
Importante: para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra ou um nutricionista.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Entenda o aborto espontâneo

Geralmente, o aborto espontâneo acontece até a 12ª semana de gestação, quando os principais órgãos do bebê estão se desenvolvendo. Muitas vezes é tão precoce que ocorre antes mesmo da mulher descobrir que está grávida, sendo o único sintoma o atraso na menstruação.
A causa mais comum é a má formação do feto, ou seja, quando um defeito cromossômico impede o desenvolvimento do bebê. O aborto é a forma do corpo "decidir" por não levar adiante essa gravidez que não se desenvolve como "esperado".
A má formação do embrião pode acontecer devido à idade materna avançada, diabetes, disfunções da tireóide e do útero, uso de medicamentos, doenças infecciosas ou excesso de cigarro, álcool ou droga. Outra causa comum do aborto é a gravidez ectópica, quando o embrião se desenvolve fora do útero.
Muitas vezes a mãe se culpa por ter feito atividade física no início da gestação, por ter levado algum tombo ou por ter tido relações sexuais, porém, em princípio nada disso é considerado causa de aborto espontâneo.
O principal sintoma do aborto é o sangramento vaginal, que pode vir acompanhado de fortes dores abdominais e contrações uterinas. Em alguns casos, ao invés de sangue, a mulher elimina uma secreção, que indica que a bolsa se rompeu. Se expelir algum material sólido após esses sintomas, é importante colher o material para que o médico possa examinar. É possível ainda que o aborto aconteça sem sangramento ou dor e a mulher irá descobrir que a gravidez não está se desenvolvendo ao realizar os exames de pré-natal.
Ao observar qualquer sintoma é importante procurar um médico imediatamente (não adianta fazer buscas na internet e tentar consultas virtuais). Ele irá realizar exames para confirmar o aborto e verificar se há necessidade de realizar uma curetagem, caso o feto ou a placenta não tenha sido inteiramente eliminada. Muitas vezes, os sintomas podem ser apenas uma ameaça de aborto e se o médico agir rapidamente a gravidez poderá continuar.
A dúvida de muitas mulheres é se após sofrer um aborto espontâneo irão conseguir engravidar normalmente. Provavelmente sim. Sofrer um aborto não significa que as futuras gestações não vão se desenvolver até o fim. A única orientação é que esperem de três a seis meses até engravidar novamente para que o corpo possa se restabelecer.
Se o aborto espontâneo se repetir por três vezes consecutivas ele é considerado um aborto habitual e é indicado que se investigue a causa para poder tratar o problema.
Um cuidado que a gestante pode tomar para evitar um aborto espontâneo é fazer exames antes da gravidez. O ginecologista poderá detectar problemas hormonais e infecções virais que podem impedir que a gravidez se desenvolva normalmente. Se a mulher estiver saudável, o medico irá prescrever ácido fólico, que ajuda a evitar a malformação do feto.
Do ponto de vista psicológico, o aborto espontâneo deve ser encarado pela mulher com naturalidade e ela deve confiar que as chances da próxima gravidez ocorrer normalmente são grandes. Antes de fazer novas tentativas, é importante se recuperar emocionalmente da perda do bebê. Conversar com outras mães que passaram por isso e hoje têm filhos pode ajudar a mulher a ganhar confiança, esquecer o episódio e perder o medo de encarar outra gravidez.

Meditação Pré-Natal

Durante a gravidez as mudanças físicas são nítidas, e as psicológicas obviamente acontecem, mas nem sempre damos o devido valor para essas mudanças. Mas elas merecem sim muita atenção.
A meditação é uma das ferramentas que temos já em nós mesmas (os) para poder fazer com que novas emoções, pensamentos repetitivos e nem sempre bem vindos, sejam minimizados, para que o momento da gestação seja ainda mais prazeroso para todos e não apenas de dúvidas e incertezas.
Hoje, a meditação tem sido utilizada também em hospitais da capital (SP) como o Albert Eistein, Unifesp e Hospital das Clínicas como tratamento coadjuvante para cardiopatias leves, síndromes do pânico, depressão, transtornos alimentares, entre outras. Mas prevenir é sempre o melhor...
Durante a prática de Yoga já começamos a treinar nossa mente para que ela seja conduzida por nós, e não fique ‘a mercê, pensando o que quer, quando quer. Mesmo durante a prática dos ásanas (exercícios psicofísicos do yoga) temos que estar atentas(os) física e mentalmente.  Esse treino diário já nos faz ‘estar presente’, ‘estar atenta’ ao que se está fazendo, propiciando assim uma mente mais conduzida, centrada e beneficiando todo nosso organismo, trazendo consequentemente benefícios aos bebês.
O relaxamento ao final das aulas de Yoga pré-natal são também um treino para a meditação. Praticar a ‘atenção plena’ no ato de respirar pode ser o primeiro passo para uma futura meditação. Então, aproveite pra treinar esse simples exercício:


  1. sente-se numa postura confortável (ou no chão, ou numa cadeira) com as pernas descruzadas, pés no chão,  mãos sobre as coxas e coluna reta;
  2. comece a perceber sua respiração;
  3. inicia a condução da respiração, dando um ritmo, por exemplo, inspirando em 3 tempos, e exalando em 4 tempos;
  4. inspire sempre pelas narinas e exale pela boca (relaxe sempre o maxilar); 
  5. apoie uma das mãos no baixo ventre, e a outra na altura do coração;
  6. mantenha sua mente atenta a contagem, e caso outros pensamentos venham, você pacientemente não se apega a nenhum novo pensamento, e volta a sua contagem; 
  7. faça inicialmente 5 minutos dessa respiração conduzida e vá aumentando um minuto por semana;
  8. caso tenha dificuldade em manter-se atenta, coloque uma música relaxante
  9. pratique diariamente e verá em pouco tempo os benefícios de uma mente mais relaxada, limpa e tranquila.
Obs.: O relaxamento ainda não é a meditação, mas manter a mente atenta é um início.

Sempre que tiver dúvida, procure um profissional para lhe esclarecer e conduzir sua meditação, até que você consiga sozinha praticá-la!

Síndrome da Alienação Parental

A Síndrome da Alienação Parental (SAP) é quando uma criança começa a rejeitar ou até mesmo odiar um dos pais depois da separação. Isso geralmente ocorre depois que o genitor guardião conta mentiras para afastar a criança do pai ou da mãe que se afastou.
Essa prática ocorre principalmente depois da separação conjugal. O genitor que detém a guarda dos filhos (alienador), se sentindo traído, abandonado e rejeitado, tenta desmoralizar e denegrir a imagem do outro genitor (alienado), a fim de afastá-lo dos filhos e assim se vingar. Nessa tentativa, os filhos são usados como instrumentos para atingir o ex-companheiro.
A SAP, como é conhecido esse transtorno, é comum: estima-se que cerca de 80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental
Nessa disputa, a criança fica confusa. Sente amor pelo pai ou mãe ausente e muitas vezes não pode demonstrar esse sentimento, pois não quer magoar a parte que está perto, podendo destruir o vínculo que há entre o genitor ausente. Muitas vezes, a criança acredita na mentira que o guardião conta para afastá-lo do outro por longos anos e isso traz prejuízos emocionais na sua vida.
Os sintomas que aparecem nas crianças que estão numa situação de alienação parental são rejeição, raiva e ódio contra o genitor alienado depois da separação, mesmo que antes a relação entre os dois tenha sido de afeto, carinho e amor. A criança passa a não querer visitá-lo, dar atenção ou até mesmo se comunicar. E ainda apresenta sentimentos e crenças negativas sobre o outro genitor, que são exageradas ou simplesmente não condizentes com a realidade.
Outros prejuízos podem acometer a criança que apresenta a SAP: depressão, pânico ou ansiedade. A criança tem rebaixada sua auto-estima, propensão ao uso de álcool e drogas. Quando adultos podem não conseguir manter um relacionamento estável ou gerar um sentimento de culpa ao descobrir que foi cúmplice de uma grande injustiça. Em casos extremos, pode haver suicídio.
Muitos pais (pai, mãe ou responsável) por se sentirem frágeis ou com medo de levar o conflito adiante acabam desistindo da guarda ou das visitas, abrindo mão do convívio com seus filhos. Para evitar isso, é preciso procurar a justiça. Se ficar comprovada a alienação, o alienador poderá ser condenado pela justiça a pagamento de multa e ser obrigado a frequentar seções de terapia ou até mesmo ter decretada sua prisão, além de perder os seus direitos em relação a visitas e a guarda do(s) filho(s). Não é uma coisa fácil, por  isso deve-se procurar um advogado especializado.
Casos de separação conjugal são difíceis, mas os pais devem procurar ajuda especializada se não conseguirem de modo respeitoso tratar da convivência de cada um com os filhos. As crianças precisam e devem ter a presença e atenção tanto da mamãe como do papai.
Segundo dados do IBGE (2002), cerca de 1/3 dos filhos de pais divorciados perdem contato com seus pais, sendo privados do afeto e convívio com o genitor ausente.
Você está passando por isso ou conhece alguém nessa situação? Procure um advogado e discuta o problema para que ele lhe oriente na melhor abordagem.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Higiene dos brinquedos

Tão importante quanto manter limpos os ambientes pelos quais a criança circula é higienizar os brinquedos com os quais ela se diverte
Não adianta limpar o quarto, o berço e o chão e deixar de lado os brinquedos. Isso porque eles, muitas vezes, vão parar direto na boca das crianças, facilitando o contágio de microorganismos. "Na hora de comprá-los, os pais deveriam priorizar os que podem ser higienizados", diz o pediatra Gastão Pereira Cordeiro Ferreira, do Hospital Infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba. Veja como manter esses objetos livres de sujeira:
 
• Limpe os bichinhos de plástico com um pano umedecido com vinagre, pelo menos, uma vez por semana;
 
• Brinquedos que não podem ser lavados nem limpos, como os de pelúcia, devem ser envolvidos em celofane nas primeiras semanas. Assim, evita-se o acúmulo de pó, um desencadeante de alergias.

O que fazer com as roupas e os brinquedos usados

1. Por que ensinar meu filho a doar aquilo que ele não usa mais?
Em um país do tamanho do Brasil, instituições que aceitem doações e pessoas que precisem delas não faltam. Além de fazer bem ao meio ambiente, seguindo a ideia de reutilizar objetos para diminuir o lixo, doar faz muito bem para a educação de seu filho. “Se as crianças criarem o hábito de doar os brinquedos e as roupas que não usam mais, compreenderão que precisamos do outro para sobreviver e serão menos materialistas”, explica a psicóloga educacional Salete Balbino, de São Paulo.
Passar esse conceito, porém, pode ser um pouco difícil, já que, de acordo com a pedagoga Malú Vianna, de São Paulo, a criança é naturalmente egoísta. Mas não se preocupe, pois é possível mudar essa característica e só depende de você.
 
2. Como estimulá-lo?
Pelo exemplo. “Crianças aprendem ao observar os pais”, diz a psicóloga educacional Salete Balbino. Doe suas coisas também: em uma tarde, faça seu filho separar com você suas roupas e explique que há muita gente que adoraria ganhá-las de presente.
 
3. Posso começar essa tarefa mesmo entre os pequeninos?
A partir dos 2 anos de idade, a criança fica encantada por ter responsabilidades ou algo para fazer. Segundo a psicóloga educacional Salete Balbino, é nesse momento que você deve explicar para ela sobre responsabilidade social. “Aproveite para falar também sobre as diferenças entre as pessoas para ensiná-la a não ter preconceitos”, indica.
“Dividir é de extrema importância para o desenvolvimento de um mundo melhor e mais solidário”, completa Malú Vianna, que além de pedagoga é organizadora de eventos do Portal da Ajuda, um site com mais de 40 instituições cadastradas, que direciona pessoas que querem doar para as associações que precisam de doações.
 
4. E se meus filhos não quiserem dar suas roupas e brinquedos usados?
Se você doa suas roupas todo ano, fazendo disso um hábito, será difícil que seus filhos relutem em doar. “As crianças tendem a repetir o comportamento dos pais”, diz o psicólogo Silmar Coelho, do Rio de Janeiro.
Se não tem esse hábito, invista em uma boa conversa e passe a fazê-lo também. Quanto mais velha for a criança, melhor ela entenderá a necessidade dos outros.
Tudo se resolve conversando. De nada adianta, por exemplo, chantagear emocionalmente o pequeno caso ele chore dizendo que não quer doar. Vale explicar que a roupa ou o brinquedo que ele usa bem pouco podem ser úteis e muito desejados por crianças que não têm condições financeiras ou que perderam seus pertences com a chuva ou desastres naturais, por exemplo. “Experimente, a cada brinquedo novo que você dá, combinar de se desfazer de alguma coisa dele mais antiga para outra criança brincar também”, indica a pedagoga Malu Vianna.
 
5. Devo recompensar meu filho pela doação?
Mostre algumas fotos de creches e instituições que recebem doações. Se aceitarem visitas, vale levar a criança para ver o local vez ou outra. Se possível, deixe que ela mesma entregue os artigos que separou. “Dessa forma, a alegria de dar será maior do que a tristeza de perder um bem precioso”, diz o psicólogo Silmar Coelho.
 
6. Onde posso doar?
Selecionamos algumas instituições que aceitam doações. Você pode também procurar lugares próximos a sua casa ou na sua cidade. Exército de Salvação, Casas André Luiz, Casa Hope, Gol de Letra, Graac, Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo)
 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Surto de catapora: o que fazer?

1. Existe um surto de catapora acontecendo agora?
Evandro Roberto Baldacchi - Sim, existe. Ainda não temos dimensão do tamanho porque ele está acontecendo agora. Há muitos anos não acontecia isso, mas percebemos um aumento significativo de casos, tanto em hospitais públicos quanto privados.
 
2. Já sabemos qual o motivo desse surto?
Evandro Roberto Baldacchi - Ainda não sabemos. Pode ser graças a alguma modificação do vírus, mas ainda não podemos afirmar porque não foi comprovado.
 
3. Quem está sendo mais atingido?
Evandro Roberto Baldacchi - É curioso porque atinge diversas faixas: crianças, adolescentes e adultos jovens. E tem sido muito frequente em crianças vacinadas.
 
4. Mesmo vacinada, a criança pode ser contaminada pela catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Sim, pode. A diferença é que em uma criança vacinada a doença é mais leve. Para se ter uma ideia, a catapora normal provoca entre 250 e 500 lesões na pele - aquelas bolinhas vermelhas. A catapora em uma pessoa vacinada varia entre 20 e 40 bolinhas, ou seja, menos de 10% do que em alguém não-vacinado.
 
5. Quais são os sintomas da catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Primeiro vem a febre e aparecem umas manchinhas vermelhas. Depois de um tempo, em cima das bolinhas aparece um líquido cristalino. Essas manchinhas não aparecem todas de uma vez, elas vão aumentando no prazo de três dias. Depois a febre vai embora, as bolinhas secam e criam uma crosta e depois somem. É importante não cutucar para não deixar cicatrizes.
 
6. Quais são as complicações da doença?
Evandro Roberto Baldacchi - A população tem uma ideia de que a catapora é benigna, mas essa é só uma parte da verdade. Ela é uma doença séria que não pode ser banalizada pois causa complicações e pode levar à morte. A criança pode desenvolver infecção nas lesões, infecção geral no organismo, alterações no sangue como baixa das plaquetas e, em casos graves, pode comprometer o sistema nervoso.
 
7. O que a gestante deve fazer se tiver contato com alguém contaminado?
Evandro Roberto Baldacchi - Deve procurar o médico para receber orientação e, se necessário, tomar um anti-viral.
 
8. Quais são as complicações em gestantes que tiveram contato com catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Se ela estiver com até 20 semanas de gestação e se contaminar com catapora, pode causar comprometimento do sistema nervoso do feto ou desenvolver doenças como focomelia - que deixa braços e pernas mais curtos. Depois de 20 semanas, se tiver contato com o vírus, é provável que não aconteça nada. Agora, se a gestante adquirir catapora até cinco dias antes ou até dois dias depois do parto, existe um risco muito grande de o bebê desenvolver varicela congênita, que pode levar à morte.
 
9. Existe alguma maneira de evitar a catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Infelizmente é muito difícil porque dois dias antes de aparecerem os primeiros sintomas, que são febre e as manchinhas, a criança já está transmitindo a doença. Lógico que os pais não mandam a criança para a escola quando os sintomas aparecem, mas ela já espalhou o vírus antes.
 
10. Como acontece o contágio?
Evandro Roberto Baldacchi - Pode acontecer pelo contato direto com as lesões ou pode acontecer o contágio aéreo, através da tosse, da fala, das brincadeiras face a face.
 
11. O que os pais devem fazer se a criança pegou catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Procure um médico para receber orientação. É muito importante preservar a integridade das lesões, ou seja, não coçar, não cutucar, lavar com sabonete anti-séptico e colocar roupas longas na criança. Por fim, deixe o pequeno em casa por uma semana até que ele esteja curado.
 
12. Enquanto houver o surto de catapora é melhor deixar o pequeno em casa? Qual o risco real de levar a criança para a escola?
Evandro Roberto Baldacchi - Existe um perigo real, mas não há motivo para entrar em pânico. Se a criança está vacinada, não existe praticamente risco nenhum de contrair a doença e, caso aconteça, será uma varicela leve e sem complicações. É importante ficar alerta pois catapora não é uma doença banal. O melhor é prevenir e nunca facilitar.
 
13. Por que é comum o aumento de casos de catapora nessa época do ano?
Evandro Roberto Baldacchi - Alguns vírus têm caráter sazonal, que é o caso da catapora. É mais comum nos meses entre julho e outubro.

Escarlatina: o que você precisa saber sobre a doença

O que é escarlatina?
A escarlatina é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Estreptococo ß hemolítico do grupo A. Ocorre, principalmente, na primavera e se inicia, geralmente, com uma amigdalite aguda e com vermelhidão pelo corpo, decorrente da toxina eritrogênica  que essa bactéria produz.
 
Como se dá o contágio?
A transmissão se dá através de contato direto com a saliva de pessoas doentes ou portadoras do estreptococo.
 
Quais são os sintomas?
Os sintomas são, inicialmente, os de uma amigdalite, com febre alta e dor na hora de engolir. Em seguida, o corpo fica vermelho – escarlate, daí o nome escarlatina. A pele fica áspera, lembrando casca de laranja, sendo que regiões como tronco e virilhas são sempre acometidas. Já as áreas ao redor da boca e plantas das mãos e pés são normalmente poupadas. Para completar, a língua fica com aspecto de framboesa. Ao final do quadro, pode ocorrer uma descamação, como se a pessoa estivesse trocando de pele.
 
Existe alguma faixa etária em que as crianças são mais suscetíveis?
A escarlatina pode se manifestar em até três episódios durante a vida, pois existem três cepas de estreptococos que produzem a toxina eritrogênica. O período de incubação geralmente é curto e poder variar de um a sete dias. A fase em que a doença é mais comum é no inicio da primavera e as crianças mais suscetíveissão aquelas em idade escolar.
 
Como é o tratamento?
O tratamento é feito à base de antibióticos. Vale lembrar que todo o medicamento deve ser prescrito pelo médico da criança.
 
Existe prevenção?
O ideal seria não ter contato com pessoas doentes, mas isso nem sempre é possível, já que a escarlatina pode não provocar sintomas. Há casos em que o portador nem sabe que está com escarlatina.
 
É indicado deixar a criança em casa e não mandar para a escola?
O período de transmissão permanece até 24 horas após o inicio da antibioticoterapia. Portanto, até lá a criança deve permanecer em casa. Lembre-se ainda de que, se o pequeno está com sintomas que sugerem um quadro de amigdalite, é melhor não ir para a escola.

sábado, 12 de novembro de 2011

Como minimizar os enjoos na gravidez?

O enjoo, infelizmente, mamãe, é o sintoma mais frequente da mulher grávida. Cerca de 70% das mulheres sentem enjoos no primeiro trimestre da gestação, principalmente no segundo e terceiro mês, podendo se prolongar em poucos casos.
Não há uma receita infalível que acabe com o enjoo. O que vale para uma mamãe pode não ter efeito nenhum para outra.
Há alguns fatores que podem ser a causa dos enjoos, mas não é nada comprovado. Uma das teorias são os níveis de hormônios que aumentam e se alteram no primeiro trimestre.
A progesterona, que é responsável por manter a gravidez, deixa o estômago mais preguiçoso, isto é, há uma lentidão no trato gastrointestinal. Portanto, o alimento demora a chegar ao intestino, provocando os enjoos e até os vômitos.
 Existem trabalhos que indicam que mulheres que têm altos níveis do hormônio gonadotropina coriônicas (hcg) são mais propensas a ter enjoos, como as mulheres grávidas de gêmeos. Mas ainda não existe relação consistente entre algum nível de hCG e enjoo, pois duas mulheres com o mesmo nível de hCG podem apresentar sintomas diferentes. Coisas da natureza.
Geralmente os enjoos aparecem na parte da manhã. Ou as futuras mamães já acordam enjoadas e ou enjoam assim que levantam. Por isso os enjoos são chamados de enjoos matinais. Isso não é regra, os enjoos podem aparecer também à tarde e à noite.
Na grande maioria dos casos, as mamães conseguem contornar esses enjoos em casa mesmo. Raros os casos de mamães que perdem muito peso, ficando desidratadas e tendo que tomar alguma medicação para controlar os enjoos. Caso isso aconteça, o médico deverá ser consultado.
A fase dos enjoos varia de mulher para mulher, mas em geral ocorre entre o final do segundo mês (semana 8) e o final do quinto mês lunar (semana 20).
Vamos colocar algumas dicas e assim a mamãe testará o que funciona para si.
  • Coma biscoitos água e sal antes de levantar da cama. O estômago vazio piora o enjoo. Comendo antes de levantar e esperando um pouco poderá evitar esse enjoo que aparece logo pela manhã. Os biscoitos, alimentos ricos em carboidratos ou frutas podem amenizar os enjoos durante todo o dia.
  • Coma pouco, mas de duas em duas horas. O estômago cheio também pode levar ao enjoo já que a digestão está mais lenta.
  • Evite alimentos gordurosos, pois são de difícil digestão, alimentos muito condimentados e açúcares.
  • Evite deitar logo após comer.
  • Fundamental que esteja bem hidratada. Às vezes, água pode aumentar o enjoo. Tente colocar uma fatia de limão na água que irá beber.
  • Escreva um diário com o que te deixa enjoada e comece a evitar os principais causadores.
  • Gengibre ameniza os enjoos para muitas mulheres. Pode ser até em chá ou bala.

Teste de GBS

Estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, com base nos atendimentos realizados na maternidade estadual Interlagos, aponta que, em dois anos, 416 mortes neonatais foram evitadas graças ao pioneirismo do hospital na implantação de um exame que identifica a presença da bactéria Streptocus agalactiae em gestantes.
O teste, realizado entre a 33ª e 37ª semana de gestação, consiste em identificar a bactéria na região genital ou anal das mulheres grávidas. Apesar de inofensivo às gestantes, em recém-nascidos o agente pode provocar quadros graves de bacteremia, pneumonia, meningite, choque séptico e neutropenia (diminuição do número de glóbulos brancos), que podem causar a morte súbita dos bebês.
Nos casos em que o resultado do teste de GBS é positivo, as gestantes são submetidas, na hora do parto, a uma profilaxia a base de antibióticos, que evita a contaminação e a possível morte dos recém-nascidos.
Já quando as grávidas colonizadas pela bactéria não realizam o teste e, consequentemente não são submetidas à profilaxia, a taxa de mortalidade neonatal é alta, variando de 2% a 8% quando os sintomas começam cinco dias após o nascimento, e de 10 a 15% quando os sintomas são tardios, aparecendo entre 7 e 90 dias após o parto.
Dos 2.506 testes de GBS realizados na maternidade Interlagos entre janeiro de 2008 e junho de 2011, 416 deram positivo e 16,6% de possíveis mortes neonatais foram evitadas. A maternidade estadual Interlagos foi a primeira da rede pública a implantar o teste.
“A bactéria identificada pelo exame de GBS se dissemina rapidamente no organismo dos recém-nascidos, causando graves doenças. Por isso, muitas vezes um bebê que nasce saudável pode sofrer uma morte súbita em questão de dias. A notícia boa é que hoje podemos evitar essas mortes através de um teste simples realizado durante o Pré-Natal, disponibilizado pelo SUS”, diz Sandra Sestokas, diretora da maternidade.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Obesidade aumenta o risco de complicações na gravidez

Estudo escocês revela que gestantes acima do peso são mais propensas a sofrer ataques do coração e outros males
Se os quilos extras já eram uma fonte de preocupação para as grávidas, agora eles podem perturbá-las ainda mais. Pesquisa da Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostra que mais de um terço dos óbitos relacionados à gestação correspondem a mulheres obesas. E são elas as mais acometidas por desconfortos típicos do período, como mal-estar e inchaço. 
De acordo com o estudo publicado na revista científica British Journal of Obstetrics and Gynaecology, a obesidade aumenta em dez vezes o risco de a gestante ter infecções respiratórias e duplica o de sofrer com dores de cabeça e azia. Além disso, triplica-se a probabilidade de desenvolver a síndrome do túnel do carpo (STC), uma doença caracterizada pelo inchaço no pulso, dormência, dor, enfraquecimento e até falta de coordenação nas mãos.
“Esses sintomas podem ou não estar relacionados a problemas mais sérios. O fato é que eles impactam diretamente a qualidade de vida da gestante”, diz Rebecca Reynolds, médica do Centro de Saúde Fetal da universidade. Foram avaliadas mais de 650 grávidas, das quais metade já apresentava problemas com a balança desde o início da gestação. 
Outras pesquisas já haviam comprovado que o sobrepeso está relacionado ao desenvolvimento de diabete gestacional, pré-eclâmpsia e complicações que levam à cesariana. O gasto que isso representa também foi ressaltado no trabalho: os tratamentos para obesos custam cerca de três vezes mais quando comparados a procedimentos feitos em pessoas dentro da faixa de peso considerada saudável.

Estudo confirma que tendência à obesidade começa em crianças

Você chega em casa mais tarde por causa do trabalho, se sente culpada e, para compensar a ausência, leva um saco de guloseimas para o seu filho? Ou ele vai bem na escola e ganha um hambúrguer com brinde naquela lanchonete que adora? Saiba que essas atitudes estão moldando o tipo de relação que a criança vai ter com a comida durante toda a vida. Não, não estamos dizendo que é errado recompensar às vezes com o sanduíche ou o doce preferido do pequeno, mas você precisa estar atenta ao que está por trás de ações como essa.
Um estudo feito por John Spence, da Universidade de Alberta, no Canadá, confirma que o tipo de relação que a criança desenvolve com a comida vai definir se ela será um adulto obeso. Spence analisou 1 730 crianças entre 4 e 5 anos de idade. Seus pais confirmaram ou não frases como “meu filho ama comida” ou “meu filho come mais quando está chateado”. O resultado indica que desde cedo, especialmente na idade da pré-escola, as crianças desenvolvem uma ligação emocional com a comida. E isso, todo mundo sabe, é mais uma das coisas que se aprende em casa, em especial com a influência do ambiente familiar.

Asma na gestação: como agir?

Uma gravidez tranquila e saudável demanda uma série de cuidados especiais por parte da gestante, como a garantia de uma alimentação correta, a prática de exercícios físicos conforme indicação médica e a realização de todos os exames básicos do pré-natal.
Tais medidas devem se relacionar à saúde da grávida de modo geral, entretanto, o sistema respiratório precisa receber atenção específica, principalmente quando se trata de gestante asmática.
Segundo Roberto Stirbulov, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)  e professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a mulher que já tem o diagnóstico da asma deve procurar um especialista no momento em que a gravidez é descoberta.
“Consultar um médico pneumologista é a primeira medida a ser tomada pela mulher, uma vez que cerca de um terço destas gestantes asmáticas tem piora no quadro, com aumento das crises durante a gravidez”, explica o profissional.
Há o mito de que a mulher, ao engravidar, deve interromper o uso de qualquer tipo de medicação. Porém, Rafael Stelmach, presidente da GINA Brasil, afirma que é importante que não se encerre o tratamento da asma sem o aval do médico pneumologista.
“Além dos riscos de piora da asma e do surgimento de crises, gestantes asmáticas que não se tratam têm chances maiores de parto prematuro e baixo peso fetal”, alerta.
Conforme Stelmach, a preocupação com o tratamento deve ser tanto da paciente quanto do médico obstetra, que deve ser avisado da asma logo na primeira consulta do pré-natal.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Método canguru alivia sensações de dor no prematuro

O contato entre mãe e bebê prematuro a partir da posição canguru reduz a dor do recém-nascido. Segundo uma pesquisa realizada pela enfermeira Thaíla Corrêa Castral, na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, quando mãe e bebê ficam mais tempo próximos foi constatado que o bebê sente menos dor. “A posição canguru permite o contato pele a pele. Isso, na prática, significa que o bebê está só de frauda, em uma posição vertical, entre os seios da mãe. Esta fica só de avental, deixando o colo livre para o contato com a criança”, explica Thaíla.
As expressões faciais e o choro do recém-nascido e uma análise psicológica do quadro da mãe serviram de base para análise e permitiram constatar que o estresse da mãe pode influenciar a regulação à dor e ao estresse do próprio bebê, influenciando no desenvolvimento da criança, já que esse estado altera os níveis de cortisol no organismo da gestante e altera a frequência cardíaca do bebê.
“Foi uma surpresa perceber que, quanto maior o cortisol da mãe, menor a frequência cardíaca do bebê. Pensamos que seria o contrário: quanto mais estressada estivesse a mãe, mais acelerado ficasse o coração do bebê”, aponta Thaíla. O canguru pode ser um dos fatores que está moderando isso, aponta a pesquisa como hipótese.
A pesquisa foi realizada com 42 mulheres e seus bebês, recrutadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP. O momento de dor analisado foi o Teste do Pezinho, feito entre três e sete dias depois do parto e repetido após um mês no caso dos prematuros. Todos os bebês foram colocados na posição canguru por 15 minutos antes da realização da coleta de sangue do calcanhar, permaneceram na posição durante o exame e por mais 15 minutos depois de seu término.
No mestrado, Thaíla investigou a associação entre os fatores maternos (comportamento, estado emocional e humor e estresse) e a resposta à dor e ao estresse de prematuros submetidos ao Teste do Pezinho em posição canguru. O procedimento permitiu a comparação com o estado rotineiro, que era o do bebê no berço ou na incubadora durante o teste. Para tanto, coletou amostras de saliva antes e depois do exame, realizou filmagens da expressão facial dos bebês durante a coleta do sangue, além de psicólogas avaliarem o estado emocional e humor das mães por meio de entrevistas, dentro de uma semana após a coleta de sangue.
As filmagens passavam por uma microanálise. “As avaliações eram bastante complexas, com instrumentos sendo utilizados para captar tudo que acontecia segundo a segundo”, explica Thaíla. A expressão facial foi codificada por meio da Neonatal Facial Coding System (Sistema de Codificação da Mímica Facial Neonatal), que estabelece algumas expressões específicas que são indicadas como representando um momento de dor, como por exemplo o sulco labial aprofundado ou a proeminência das sobrancelhas. O bebê recebe uma pontuação final, baseado na porcentagem de tempo que ele fez a expressão de dor, no tempo de choro e na média da frequência cardíaca neonatal.
O comportamento da mãe foi codificado utilizando-se a escala Maternal Mood and Behavior during her Infant Pain Coding System (Sistema de Codificação do Humor e Comportamento Materno durante a Dor do seu Bebê). Ela é composta por 23 comportamentos maternos de interação mãe-bebê, como embalar, tocar e beijar. A pesquisadora realizou doutorado por um ano na University of British Columbia School of Nursing, em Vancouver, no Canadá, onde capacitou-se para a observação da dor neonatal.
As amostras de saliva permitiram a medição dos níveis de cortisol, que refletiam o estado de estresse durante o procedimento doloroso. Isso acontece porque o cortisol demora cerca de vinte minutos para responder ao organismo. Sua variação foi influenciada apenas pelo estresse da mãe.
Cuidados com o bebê e a família O canguru é valorizado, mas não é feito com frequência, segundo Thaíla. Das mães que participaram do estudo, 70% estavam utilizando pela primeira vez. O método é sempre benéfico e diminui o quadro de dor dos recém-nascidos. É uma intervenção natural e sem custos, sendo efetivo mesmo quando a mãe apresenta um quadro de depressão e ansiedade.
A pesquisa de doutorado A relação entre fatores maternos e a resposta à dor e ao estresse do prematuro em posição canguru traz à tona uma importante necessidade do procedimento pós-natal no Brasil: envolver a mãe no cuidado e atentar para seu perfil psicológico no período pós-parto. Os protocolos de assistência tem que ser revisados atentando para o fato de que a mãe é um importante regulador no bem estar do bebê nos primeiros dias de vida.
“Precisamos encontrar alternativas que unam mãe e bebê, pois provou-se que isso é benéfico para ambos. É importante atentar para mães com perfil de estresse e envolvê-las no cuidado, pois este se mostrou um ponto negativo durante a gestação”, avalia. É necessário que a mãe seja então capaz de regular o seu próprio estresse para ajudar o bebê a recuperar-se de um evento doloroso de maneira satisfatória e a posição canguru pode ser um auxiliador neste processo de autorregulação do estresse.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Higiene da mamadeira

Como manter a mamadeira livre dos germes
 
“A higienização da mamadeira é essencial para a saúde do bebê, porque os resíduos de leite são um prato cheio para bactérias que causam enfermidades.” O alerta é da pediatra Sandra de Oliveira Campos, professora de infectologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo. Ela ressalta que a mamadeira deve ser manuseada e esterelizada adequadamente, para que não promova problemas. Mas, vale ressaltar que a prevenção deve começar com o asseio da mamãe, no momento da preparação do alimento, lavando bem as mãos.
 
A pediatra lista cinco dicas simples para realizar a limpeza:
  • - Lave a mamadeira (garrafa e bico) com água e detergente neutro, utilizando uma escovinha própria para o procedimento ou chacoalhando o utensílio com a solução;
  • -Enxágue bem até todo o sabão ser eliminado;
  • -Coloque o utensílio em uma panela com água fervente por cerca de três a cinco minutos (a panela deve ser utilizada somente para este fim) ou recorra a esterilizadores próprios para o procedimento;
  • -Retire a mamadeira com uma pinça de cozinha e coloque-a para secar, de boca para baixo, em um papel toalha ou em um pano limpo;
  • -Quando estiver completamente seca, armazene o utensílio em um ambiente seco ou na geladeira, em recipiente fechado.
  • Nunca prepare o leite para uma segunda mamada sem higienizar a mamadeira. “Ao ser utilizado uma vez, o utensílio já foi à boca do bebê e exposto às bactérias”, avisa a pediatra . “Providencie uma segunda mamadeira, um recipiente com água e leite em pó, para quando for sair de casa. Isso facilita o preparo e garantir que um alimento seguro e saudável”, orienta. 
As bactérias
Alguns dos micro-organismos que agridem o organismo dos bebês são provenientes do próprio leite pasteurizado, dos utensílios contaminados ou até de mãos mal lavadas. De acordo com o microbiologista de alimentos Êneo Alves, diretor da Central de Diagnósticos Laboratoriais, em São Paulo, essas bactérias pertencem ao grupo dos coliformes fecais e totais que, em grandes concentrações, causam diarreia, febre, desidratação, fezes com sangue, e, em casos extremos, podem levar o bebê à morte, devido à fragilidade do organismo nessa fase da vida.
 
Mas não há motivo para pânico. O especialista explica que, em pequena quantidade, essas bactérias são inofensivas à saúde. “O grande problema é a multiplicação em ambientes favoráveis, como em alimentos não refrigerados e utensílios não esterilizados ou desgastados”, alerta.
 
Hora de trocar a mamadeira
De acordo com a especialista em saúde materno-infantil Ana Cristina Ribeiro Zollner, do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, as mães precisam ficar atentas a alguns indícios de que chegou o momento de aposentar o utensílio e providenciar um novo. Observe as seguintes características:
 
No bico:
  • A descoloração pode ser sinal de que ele está se deteriorando;
  • Ao esticar a parte de cima do bico, ele deve retornar à posição original. Caso contrário, é sinal de que ele está afinando e não é mais apropriado para o uso;
  •  Quando adquire uma textura pegajosa, significa que está em processo de degradação e deve ser inutilizado.
  •  Rasgos e rachaduras podem elevar o risco de engasgos.
Na garrafa:
  •  Rachaduras podem facilitar o acúmulo de resíduos e favorecer a proliferação de bactérias;
  • Plástico danificado representa risco de ferimentos no bebê.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Investigue os problemas de fertilidade

Se as tentativas de gravidez não foram bem-sucedidas, chegou a hora de procurar ajuda especializada. Descubra onde está o problema
A dificuldade em engravidar costuma ser democrática e atinge homens e mulheres na mesma proporção. “Estima-se que em 40% dos casais inférteis a causa está na mulher. Em outros 40%, no homem. E nos 20% restantes os dois contribuem”, explica Gilberto Freitas, responsável pelo Setor de Reprodução Humana do Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Cabe ao médico analisar o problema e indicar qual o tratamento mais adequado para cada casal. 
Aí entra a necessidade de mapear exatamente o que acontece no corpo dos futuros pais por meio de exames, consultas e levantamento de histórico médico. “Normalmente, a primeira visita é ao ginecologista, capaz de tratar os problemas mais simples. Ele deve pedir radiografia do útero e das trompas, exames hormonais, sorologia para sífilis, hepatite, HIV e espermograma para o companheiro”, diz Paulo Olmos, do Projeto de Reprodução Humana Alfa, em São Paulo.
Nada impede, é claro, que o paciente consulte imediatamente um especialista em fertilidade. “Não é por que faz fertilização in vitro que o médico recomendará o tratamento sem necessidade”, enfatiza Olmos. Nesse caso, a bateria de exames para checar a saúde do casal é a mesma, podendo já incluir outros testes mais específicos.
Feito o diagnóstico, indica-se uma técnica mais adequada para o problema do casal. Muitas vezes um tratamento mais leve, como estimulação de ovulação por meio de injeções de hormônio, pode ser recomendado e, se não surtir efeito, a inseminação artificial ou a fertilização in vitro é indicada. Outras situações pedem de imediato esse tipo de intervenção. “Ao todo, 50% dos que procuram minha clínica conseguem engravidar com terapias simples, enquanto os outros 50% recorrem a técnicas de reprodução assistida”, revela Olmos.
As recomendações variam caso a caso e apenas o médico pode orientar o que fazer. O mais importante na hora de procurar um especialista é ter consciência de que nenhuma técnica é garantia de gravidez imediata. “Os casais precisam ter isso em mente para não se decepcionar ao longo do tratamento”, diz Newton Busso, fundador do Projeto Beta e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Estresse demais espanta a cegonha

  A tensão nas alturas estaria por trás do insucesso de muitas mulheres que tentam engravidar. A explicação é que, sob esse estado, o organismo feminino passa a secretar doses cavalares de um hormônio chamado alfa-amilase, um tipo de adrenalina que reduz a produção de progesterona, justamente o hormônio responsável pelo ciclo menstrual e pelas modificações do organismo durante a gravidez. E, sem a progesterona, diminuem-se as chances de o embrião se implantar no útero.
Acredita-se que vários casos de infertilidade sejam frutos do nervosismo gerado pelo misto de angústia e frustração diante da barriga que nunca desponta. Muitas vezes, no entanto, não existe uma incapacidade reprodutiva de fato. O que há de verdade é muita desinformação. A matemática é simples. Um casal sexualmente ativo que não usa nenhum método contraceptivo tem 18% de chances de engravidar a cada ciclo ovulatório. No período de 12 meses, espera-se que 85% dos casais tenham conseguido gerar um descendente. Assim, um homem e uma mulher férteis podem levar, teoricamente, de 14 a 16 meses para concretizar o desejo de se tornarem pai e mãe. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o prazo médio para a dupla não ser considerada infértil é de um ano, não menos que isso.
Enfim, a dificuldade para engravidar não é um problema sem solução. Dá, sim, para a mulher recuperar sua fertilidade. Para que isso ocorra, é preciso domar os nervos mais que à flor da pele, algo alcançável quando o duo envolvido nessa empreitada consegue finalmente entender que sua vida como um todo tem sido prejudicada por uma agitação permanente. Em português claro, é necessário diminuir o ritmo de trabalho, reservando tempo para atividades relaxantes - como a prática de ioga e mesmo a leitura de um livro - e observar sempre o lado positivo dos desafios. Para aumentar as chances de engravidar, a mulher precisar apagar o pavio do nervosismo, relaxar e esperar pela boa-nova.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Hora de ir ao banheiro

Muitas mães se desesperam ao ver que seus filhos já grandinhos, às vezes com mais de três anos, ainda não conseguem fazer cocô no banheiro. Apesar de usarem o penico para o xixi, ainda pedem para colocar a fralda na hora do cocô ou acabam fazendo suas necessidades onde estiverem, sujando toda a roupa.
A realidade é que a fase de transição da fralda para o vaso sanitário, ou mesmo para o penico, é muito delicada para a criança. Até o simples fato de sentar em um vaso sanitário grande e ficar inseguro de cair dentro do buraco atrapalha o aprendizado. Por isso, é necessário todo o tipo de cuidado na hora de ensinar o seu pequeno a deixar as fraldas.
“A partir dos dois anos e meio de idade é importante começar a explicar para as crianças o uso do penico e do vaso sanitário. Mostrar que todos que crescem fazem isso. E o mais importante é fazer tudo com muita paciência”, esclarece o psiquiatra Fábio Barbirato.
Portanto, não se preocupe se o seu filho tem mais de dois anos e ainda não usa o banheiro para fazer cocô. Cada criança tem o seu tempo para aprender a controlar essa necessidade fisiológica. “Controlar o esfíncter anal, que é o músculo que controla a abertura do ânus, é mais difícil do que controlar o esfíncter uretral, que controla a abertura da uretra. Por isso, as crianças têm mais facilidade em aprender a pedir o xixi do que o cocô”, explica Barbirato.
A criança está preparada para fazer suas necessidades no banheiro quando começa a avisar que fez xixi na fralda. Isso é sinal de que ela já percebe e controla o xixi. Assim que resolve tirar a fralda do filho, a mamãe tem que ter muita paciência e perguntar para a criança de duas em duas horas se ela gostaria de ir ao banheiro. Muitas vezes a criança reluta em parar a brincadeira para fazer xixi, mas é preciso insistir.
Em relação ao cocô, é importante que os pais percebam o horário que normalmente a criança tem vontade e levá-la no banheiro. Conte uma história, converse, tenha paciência, assim seu filho criará confiança e começará a pedir sozinho para ser levado ao banheiro.
Segundo o psiquiatra, não é necessário procurar ajuda profissional antes dos cinco anos de idade. A partir daí, é bom ficar de olho e fazer o acompanhamento com um especialista, pois o problema pode ser tanto físico quanto psicológico.

Teste faz detecção precoce de problemas de linguagem

No Instituto de Psicologia (IP) da USP, uma pesquisa normatizou testes que medem o desenvolvimento do vocabulário auditivo e expressivo em crianças de 18 meses a 6 anos, para detecção precoce de atrasos e distúrbios de linguagem. O trabalho da pesquisadora Miriam Damázio utilizou os Testes de Vocabulário Auditivo e Expressivo, que é um banco de figuras desenvolvido no Laboratório de Neuropsicolinguística Cognitiva Experimental do IP, coordenado pelo professor Fernando Cesar Capovilla.
O estudo analisou o desenvolvimento do vocabulário auditivo e expressivo de 906 crianças de escolas particulares e públicas das cidades de Ribeirão Pires e Santo André (ambas na Grande São Paulo). Segundo Miriam, estudos científicos comprovam que o tamanho do vocabulário de uma criança aos dois anos é preditor do seu sucesso na fase escolar, portanto, a aplicação dos testes permite ao educador localizar o problema e intervir precocemente a fim de suprir os problemas futuros de alfabetização.
Os resultados da pesquisa mostraram que o vocabulário da criança cresce de acordo com a idade, com a série escolar, e também com o nível sócioeconômico (NSE). Essa avaliação foi feita em termos de número de salários mínimos pagos como mensalidade da escola (ou seja, escola pública = 0; escolas privadas = 1 salário/mês ou 2 salários/mês). Observando a interação entre ano e nível sócioeconômico, observou-se que no 2º. ano, crianças da escola pública (NSE de 0 salário/mês) apresentaram vocabulário expressivo significativamente inferior ao das crianças de escola privada.


Testes
Primeiramente, foi aplicado o teste auditivo, que consiste de 33 figuras divididas em sete pranchas. Cada uma das pranchas com 5 linhas e em cada linha, cinco figuras, sendo 1 figura alvo e quatro figuras distraidoras. A tarefa é apontar para a figura correspondente à palavra falada pelo avaliador (para crianças de 1 e 2 anos) ou de marcar essa figura com um lápis (para crianças de 3 a 6 anos de idade).
Em seguida, o teste expressivo avaliou o vocabulário expressivo falado de crianças de 1 ano e 6 meses até 5 anos e 11 meses. O teste é composto de um caderno espiral de 100 páginas, do tamanho A5. Em cada página há uma figura. A tarefa da criança é nomear oralmente a figura mostrada pelo avaliador. A criança desenvolve o seu vocabulário ouvindo as pessoas que estão ao seu redor e ouvindo histórias. “Quando a criança possui 50 palavras em seu vocabulário expressivo (falado), já possui um vocabulário auditivo de 200 palavras”, explica a pesquisadora.
A pesquisa realizada por Miriam Damázio faz parte de dissertação de Mestrado na área de Psicologia Experimental, orientada pelo professor Fernando Cesar Capovilla. O banco de figuras utilizado nos testes foi desenvolvido pela pesquisadora Valéria Negrão, no Laboratório de Neuropsicolinguística Cognitiva Experimental do IP. Os estudo também serviu de base para a elaboração do livro Teste Auditivo e Teste de Vocabulário Expressivo, lançado pela Editora Memnon.