terça-feira, 30 de agosto de 2011

Regurgitar é normal


Durante muito tempo, as cólicas do bebê eram, disparado, a principal queixa de origem gastrintestinal capaz de fazer mães e pais correrem até o pediatra. De uns tempos para cá, segundo os especialistas, o refluxo – ou a regurgitação, que é o retorno do alimento do estômago para o esôfago – assumiu esse posto. O problema se manifesta principalmente entre os menores de 2 anos. “Cerca de 60% de todas as consultas são para tratar a regurgitação”, estima o pediatra José Gabel, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
A gastroenterologista pediátrica Dorina Barbieri, professora aposentada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, explica: “O incômodo não pode ser considerado uma doença, mas, sim, a conseqüência da imaturidade do tubo digestivo do bebê”. Por causa disso, há pouco a fazer. É preciso esperar até que as engrenagens responsáveis pela digestão dos alimentos estejam funcionando a pleno vapor.
Com alguns cuidados, dá para amenizar a intensidade e a freqüência das regurgitações. A primeira dica é não sacudir a criança, principalmente depois das mamadas. Também não deixe de colocá-la para arrotar depois de se alimentar e, no colo, procure mantê-la sempre na posição vertical.
O problema tende a desaparecer quando o bebê começa a andar, por volta de 1 ano e 3 meses. “Se o volume da regurgitação for excessivo e a criança ficar muito irritada e chorosa, é melhor procurar um especialista”, recomenda Dorina. Nesse caso, o ácido estomacal talvez esteja irritando o tubo digestivo. O médico, então, pode prescrever medicamentos para controlar o problema.

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