domingo, 31 de julho de 2011

Hormônios da gravidez

As variações hormonais no corpo da mulher, durante a gravidez, provocam profundas alterações, tanto físicas como emocionais. Lidar com elas é um dos principais desafios de qualquer casal que esteja esperando um bebê. Mas isso não é necessariamente um bicho de sete cabeças, como muitos acreditam. Basta entender um pouco melhor o que se passa com a gestante e perceber que essas moléculas estão mais para aliadas do que para vilãs. Sem deixar de considerar que o nível de alguns hormônios, como o do estrogênio, pode aumentar 30 vezes e isso tem reflexos no dia a dia da mulher. Veja algumas dicas para enfrentar essa verdadeira enxurrada de hormônios.

Fim do ciclo menstrual e início da gravidez
Os dois hormônios que dominam no ciclo menstrual são o estrogênio e a progesterona. Ambos têm a função de preparar o corpo feminino para uma possível fertilização. Em geral, antes da ovulação, há a predominância de estrogênio e, após a ovulação, a taxa de estrogênio cai e cede espaço para a progesterona. Após a queda do nível de progesterona, a mulher menstruará e renovará o ciclo. Se a taxa desse hormônio não diminuir, significa que a mulher engravidou. Em um ciclo regular, a ovulação ocorre entre o 12º e o 16º dia, contados a partir do primeiro dia de menstruação.

Hormônio beta-HCG, para saber se está grávida
Hormônio produzido pelo ovário logo após a concepção, tem o nome científico de gonadotrofina coriônica. A detecção de sua presença no organismo é o indício em que se baseia grande parte dos testes de gravidez. Associado à progesterona, o beta-HCG tem um papel importante na manutenção da gravidez durante o primeiro trimestre.

Hormônio progesterona, a responsável pelos enjoos
No primeiro trimestre da gestação, a placenta ainda está em formação e o que mantém o metabolismo da gravidez é a progesterona, produzida pelo ovário em altas doses. Após esses três meses, a placenta assume o controle. A taxa de progesterona varia de mulher para mulher e de gravidez para gravidez. De acordo com os médicos, quando esse nível é baixo, as chances de aborto na fase inicial da gravidez e de parto prematuro aumentam. A progesterona também é a responsável pelos famosos enjoos da gravidez. Como se não bastasse, ela provoca sono, salivação e alteração de humor. Algumas mulheres até emagrecem nessa fase por causa dos vômitos. Também é comum que ocorram inchaços no corpo, mesmo no início da gravidez. Porém é bom lembrar que muitas mulheres retêm líquidos mesmo antes de engravidar. Durante o ciclo, na fase pré-menstrual, a prática de atividade física ameniza a retenção hídrica, além de aliviar os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual). No início da gravidez, no entanto, mesmo exercícios físicos leves costumam ser desaconselhados devido ao risco de abortamento. A partir do terceiro mês, em compensação, a prática de hidroginástica, natação, esteira, bicicleta ergométrica, ioga e pilates é muito indicada. Para evitar o inchaço demasiado, é importante que a gestante fique atenta à alimentação, pois o ganho excessivo de peso pode facilitar a retenção hídrica. A dica é seguir uma dieta rica em proteínas, pouco carboidrato e muitas frutas e verduras.

Hormônio estrogênio e os surtos de calor e rinite
O estrogênio tem uma atuação importante no sistema circulatório. Ele favorece a dilatação dos vasos e prepara o corpo da mulher para o aumento do volume de sangue em veias e artérias. Após a formação da placenta, no final do primeiro trimestre, o nível do estrogênio atinge índices até 30 vezes superiores às taxas anteriores à gravidez. Toda essa dilatação vascular contribui para a gestante apresentar sintomas de rinite, maior tendência a ter calor e até dores de cabeça. Outra função do estrogênio é a dilatação e o crescimento das glândulas mamárias para a futura amamentação. Pode ocorrer também uma relação direta no aumento da libido da mulher. Não raro, ela tem desejos sexuais durante a gravidez e o homem não corresponde por receio de machucar a esposa e seu bebê. Na adolescência feminina, o estrogênio é o hormônio de maior importância. É ele quem define as características dos órgãos sexuais femininos (pilificação, mamas, vagina) e também tem uma atuação importante na feminilidade, no brilho do cabelo, na textura da pele e até no timbre da voz.

Prolactina: hormônio do leite a caminho
Produzido pela placenta, é um hormônio que, associado a outro, chamado lactogênio placentário, tem a responsabilidade de deixar as glândulas mamárias aptas para a futura produção de leite. A ação desses hormônios começa a aumentar a partir do segundo trimestre de gravidez. Ao final da gestação, a atividade, tanto da prolactina quanto do lactogênio, é tão intensa que a gestante só não produz leite antes do parto porque a alta taxa de estrogênio no organismo corta essa possibilidade. É importante considerar que a prolactina interfere na disposição sexual da mulher ao reduzir a libido e ressecar a vagina. Mas esse efeito é mais intenso depois do parto, durante a amamentação.

As alterações metabólicas
Com a ação dos hormônios durante a gravidez, também há tendências de elevação nos índices de glicose e de triglicérides em razão das necessidades nutricionais do bebê. É preciso fazer o monitoramento da glicemia para diagnosticar precocemente uma eventual ocorrência de diabetes gestacional, que colocará em risco a saúde da mulher e do bebê. A principal prevenção para evitar o diabetes gestacional é não obter um aumento excessivo de peso no período. A pressão arterial também fica alterada durante a gravidez e as referências do que é ou não normal mudam. Por isso o médico faz sempre um acompanhamento.

As oscilações de humor
As alternâncias de humor, pela descarga de hormônios, são muito comuns na gravidez, sobretudo no primeiro trimestre – a partir do quarto mês, a gestante já começa a sentir seu bebê mexer e fica mais segura em relação ao bem-estar dele. O impacto das alterações emocionais pode ser minimizado com um pré-natal bem feito e, eventualmente, com medicações fitoterápicas, conforme a orientação do médico. Algumas gestantes podem precisar de apoio profissional para lidar melhor com suas emoções. Tratar os sintomas das mudanças hormonais ajuda a aliviar o mau humor. Usar sutiãs mais justos previne dores nas mamas. Medicamentos antieméticos, sob a orientação médica, minimizam crises de vômito. Para dores no corpo, as massagens são uma ótima pedida. Para inchaço, drenagem linfática. E assim por diante.
A partir do segundo trimestre, as dores nas costas aumentam a irritação da gestante. A origem do problema é uma mudança no eixo de equilíbrio causada pelo rápido crescimento do útero. A altura e o peso da gestante também interferem na intensidade da dor, assim como a quantidade de bebês no útero. Quanto maior o ganho de peso e mais sedentária for a gestante, pior será o desconforto, daí a necessidade de um controle da dieta e de prática de exercícios físico, de preferência os de baixo impacto.
Nos últimos meses de gravidez, a variação de humor tende a ser a mais intensa diante das inúmeras limitações para fazer coisas básicas, como andar, dormir, tomar banho, se vestir, ir ao trabalho. Nessa fase, ao se olhar no espelho e se sentir obesa e cheia de estrias, a mulher tende a ter problemas de autoestima, o que pode provocar crises emocionais piores.
O principal remédio para combater os efeitos colaterais dos hormônios na gravidez é planejar a chegada de um filho. A compreensão e a participação do marido e da família também são de extrema importância nessa fase, fazendo com que a mulher se sinta mais segura e amparada para enfrentar o desafio de ser mãe. Tudo começa com escolha de um médico obstetra de confiança, que acompanhe a gravidez durante os nove meses, sem traumas e com boas lembranças. Alguns especialistas defendem, inclusive, que a gestação ideal é aquela que começa meses antes da fecundação.

Causas da infertilidade feminina

Com tantas grávidas circulando por aí (sem falar nos bebês e crianças), é difícil acreditar que a infertilidade seja um problema na vida de tantos casais. No Brasil, cerca de 12 milhões de pessoas encontram dificuldade para engravidar em algum momento da vida. A boa notícia é que, ao detectar o problema, mais da metade deles tem solução. Veja quais são as principais causas que afetam as mulheres, responsáveis por 40% dos casos de infertilidade.

Síndrome dos ovários policísticos: causada por um desequilíbrio hormonal e excesso de hormônio masculino, ela provoca irregularidade menstrual, aumento de pêlos e oleosidade, ganho de peso e acne. A ovulação também fica comprometida, o que dificulta a gravidez. Mas é importante ressaltar que a gestação pode ocorrer mesmo dentro deste cenário. "Além da pílula anticoncepcional, a gestação é uma excelente forma de tratar o problema, pois estabelece outro padrão hormonal no organismo", explica a ginecologista e obstetra Lucila Pires Evangelista, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

Endometriose: a doença ocorre quando a mucosa que reveste o útero é expelida dentro da cavidade do abdômen ao invés de ser eliminada através do canal vaginal junto com o sangue da menstruação. "Esse quadro aumenta o fluxo, provoca dor durante o ato sexual e dificulta muito a concepção", explica Lucila Pires Evangelista. Em contrapartida, estar grávida — ou com a menstruação suspensa — é um dos melhores tratamentos.

Problemas ovulatórios: essa é a principal causa de infertilidade nas mulheres. Geralmente, o que ocorre é uma falha na liberação de hormônios, irregularidade no ciclo menstrual ou problemas nos ovários. Diante disso, a ovulação fica prejudicada ou até mesmo bloqueada. Com medicação, é possível reverter o quadro.

Bloqueio nas trompas de falópio: as tubas (como são atualmente chamadas as trompas) têm um papel essencial na fertilização, pois são o canal por onde o óvulo segue ao encontro do espermatozóide e, após se unir a esse, leva o ovo fecundado rumo ao útero. Quando obstruídas, esse processo não acontece e nem a gravidez. As principais vilãs são as doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorréia. Em alguns casos, as tubas não chegam a ficar bloqueadas, mas sua capacidade de empurrar o óvulo é danificada pelas inflamações. Ainda assim a gravidez é possível via fertilização artificial.

Alterações da tireóide: o aumento ou a diminuição da função da glândula tireóide leva a um desequilíbrio hormonal. Isso pode refletir no funcionamento dos ovários e, consequentemente, na produção dos hormônios LH e FSH, responsáveis por fazer o óvulo crescer e amadurecer.

Aumento da prolactina: quando esse hormônio está em alta, os ovários não funcionam adequadamente. O problema bloqueia ou interfere na ovulação.

Programre a gravidez

O desejo de engravidar vem, normalmente, acompanhado de muita ansiedade. Se a gestação não acontece nos primeiros meses de tentativa, a tensão aumenta ainda mais. Os médicos são unânimes ao afirmar que, para um casal jovem (menos de 30 anos) e saudável, que faz sexo de duas a três vezes por semana, a gravidez pode demorar até um ano para acontecer sem que isso indique a presença de um problema. "É preciso levar em consideração que esse casal tem menos de 20% de chance de engravidar a cada mês", afirma o ginecologista e obstetra Alberto dAuria, diretor clínico do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo. Mas quando a gestação não acontece naturalmente, a medicina entra a seu favor. Até porque infertilidade não é esterilidade. E mais de 90% dos casais inférteis conseguem gerar um bebê quando recebem o tratamento adequado. Técnicas supermodernas estão cada vez mais disponíveis e baratas para que o sonho se realize. Os principais métodos são:

Indução de ovulação: o ciclo reprodutivo da mulher é comandado por hormônios produzidos em diversas partes do corpo. Quando há um desequilíbrio, a ovulação pode ficar desregulada ou até deixar de ocorrer. Para esses casos, essa técnica é indicada. Com hormônios injetáveis ou via oral, estimula-se a liberação dos óvulos. Em seguida, é feito um monitoramento por ultra-sonografia para saber a resposta dos ovários a esses estímulos.

Inseminação artificial: após a coleta do sêmen pelo próprio homem, os espermatozóides são preparados em laboratório e, no período da ovulação, injetados dentro do útero. O objetivo dessa técnica é promover o encontro deles com o óvulo, seja driblando problemas no aparelho reprodutor da mulher ou melhorando a qualidade e a agilidade dos próprios espermatozóides. Para aumentar a chance de o embrião se manter fixo no útero materno, a mulher recebe doses de progesterona durante os primeiros meses da gravidez.

Fertilização in vitro (FIV): é a famosa técnica de proveta. Ela tem quatro etapas. Primeiro é preciso estimular a ovulação. Depois, aspira-se os óvulos através de uma agulha introduzida no canal vaginal. O processo é feito com anestesia local e sedação. Num terceiro momento, pega-se os espermatozóides para fazer a fertilização do óvulo em laboratório. Se for bem sucedida, o embrião é transferido para o útero.

Injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI): é a grande revolução em tratamentos de infertilidade. Ela funciona basicamente da mesma maneira que a fertilização in vitro. A principal diferença é que o espermatozóide é colocado dentro do óvulo por uma agulha com diâmetro quase 8 vezes menor que um fio de cabelo. É indicado para homens que têm baixa quantidade de espermatozóides ou não têm espermatozóides no esperma (apenas no testículo). Para extrair os espermatozóides, há três procedimentos: PESA (do inglês percutaneous epydidimal sperm aspiration), que consiste em aspirá-los do epidídimo estrutura anexa ao testículo com uma agulha fina e anestesia local; TESA (testicular sperm aspiration) que retira os espermatozóides dos testículos também por aspiração; e TESE (testicular sperm extraction) na qual se extrai um pequeno pedaço do testículo para procurar espermatozóides no tecido.

Alergia e as crianças

Alergia nada mais é do que uma reação de hipersensibilidade a determinada substância, também conhecida como alérgeno, que pode incomodar o bebê e atrapalhar seu desenvolvimento. Ao entrar em contato com um alérgeno, o corpo da criança o reconhece como um invasor e reage por meio de inchaços, maior quantidade de muco e entupimento das vias nasais. Na maioria dos casos os sintomas são respiratórios. Há diversas formas de ocorrer a exposição à substância alergênica, como por contato físico, pela respiração, por ingestão e por injeção.
Em julho, os primeiros dias do inverno e o frio subseqüente podem provocar nas mães a dúvida se o pequeno apresenta sintomas de alergia ou se apenas está resfriado. Dentre os principais sinais que indicam alergia estão o nariz escorrendo, espirros, olhos vermelhos e lacrimejando, respiração pela boca, coceiras, garganta irritada e vermelhidão em regiões da pele.
Os alérgenos podem chegar ao seu filho de diversas maneiras: transportados pelo ar, como o pólen, os fungos, os ácaros, a poeira e as caspas de animais; contidos em alimentos, como chocolate, amendoim, morango, ovo e leite de vaca; por picada de determinadas insetos ou contato com certas plantas; pelo contato com travesseiros de pena ou roupas de lã. O fator genético tem papel relevante no desenvolvimento da alergia. Acredita-se que se um dos pais for alérgico, existe também a possibilidade que o filho o seja. Estas chances podem dobrar caso ambos os pais tenham alguma espécie de alergia, embora nem sempre os elementos causadores sejam os mesmos.
Muitas vezes a identificação da alergia leva algum tempo para ocorrer. Por isto, é preciso atenção logo quando surgirem os primeiros sintomas, o que ocorre normalmente em ambientes fechados como a casa e a creche. Elimine as possibilidades uma por uma: se a suspeita cair sobre cães, gatos ou outros animais, retire-os do ambiente em que vive o bebê; no caso da poeira, aproveite quando o nenê não estiver em casa para uma faxina geral. Se a criança melhorar após tomadas estas medidas, é grande a chance da mamãe ter encontrado o agente causador. A alergia pode ser sazonal ou crônica. Na primeira, os sintomas tendem a aparecer na mesma época todos os anos. Na outra, geralmente o alérgeno está presente no cotidiano da criança. Existem também diversos tipos de testes que ajudam na identificação de alergias, como o do arranhão, o intradérmico e o exame de sangue. No entanto, o resultado destes quando aplicados em bebês com menos de 18 meses pode ser falsamente negativo, devido ao fato do sistema imunológico da criança ainda ser imaturo ou porque a alergia ainda não se desenvolveu por completo. Como sempre, o acompanhamento médico é essencial.
Embora não possa eliminar completamente o contato entre o nenê e os alérgenos, a mamãe pode tomar diversas medidas para evitar que isto ocorra. Entre elas estão:
 lavar freqüentemente cortinas, mosquiteiros, lençóis, mantas, fronhas e cobertores
 não colocar tapetes e carpetes no quarto da criança
 limpar a casa somente quando o bebê alérgico não estiver no ambiente e não usar vassouras, espanadores ou panos secos
 forrar colchões e travesseiros
 limpar semanalmente as pás do ventilador e o filtro do ar-condicionado
 evitar plantas em xaxim por causa do mofo
 ficar atenta ao contato do nenê com animais de pêlo ou pena
 utilizar sabonetes neutros, desodorantes e xampus sem perfume.
 use somente maquiagem hipoalergênica
 evitar o manuseio de roupas e objetos guardados há muito tempo, devido ao mofo e à poeira
 só oferecer bichos de pelúcia laváveis, mesmo assim evitando que permaneçam muito tempo expostos no quarto do bebê
 evitar odores, fumaças em geral, formol, amônia, éter, tintas, colas, etc.
 evitar desinfetantes com perfume forte
 embora não se acredite que a fumaça do cigarro cause alergia, pode agravá-la
 nunca dê medicamentos sem orientação médica

Primeiros cuidados

Mesmo que a mãe se sinta insegura e um pouco cansada após o parto, a ela cabem os primeiros cuidados com o bebê, numa relação de afeto, delicadeza e respeito pelo filho.

Umbigo

De sete a quinze dias após o nascimento do bebê, o "coto" umbilical seca e cai espontaneamente. É importante mantê-lo limpo, aplicando, duas vezes ao dia, merthiolate incolor ou álcool 70%. A mãe deve usar cotonete e, após a queda, continuar mantendo a mesma higiene do local. Merthiolate colorido ou mercúrio cromo são desaconselháveis. Um leve sangramento é normal.
OBS: Modernamente, há fraldas descartáveis para os primeiros dias do bebê, com um orifício na altura do umbigo, para não comprimi-lo. Ataduras e faixas do "tempo da vovó" são absolutamente desaconselháveis.

Nariz

Espirros ocasionais não devem afligir a mãe, pois são normais em recém-nascidos. No caso de ela perceber que o narizinho do bebê está entupido, deve utilizar soro fisiológico, em temperatura ambiente, se possível, sem conservantes. Deve pingar o conteúdo de um conta-gotas (+ ou - 1ml) em cada narina. É recomendável ter o produto, sempre, em casa, pois descongestionantes comuns são perigosos para o bebê.

Dando banho 

O banho é um momento especial que requer carinho e delicadeza, pois o contato com a água, mesmo que a temperatura esteja adequada, é, sempre, uma surpresa para o bebê e isso pode causar-lhe insegurança.
Recomendações à mãe:
Prepare o local do banho. Providencie, com antecedência, sabão neutro, toalha macia e roupinhas limpas.
A banheirinha infantil deve estar bem lavada e a temperatura da água, agradável ao toque (mais ou menos 34 graus).
Para testar a temperatura da água, mergulhe, nela, seu cotovelo esquerdo.
Enrole o bebê em uma toalha e sente-se próximo à banheirinha, de modo que a cabeça do bebê fique sobre ela. Lave, primeiro, o rostinho (sem sabonete), e, em seguida, a cabeça.
Desembrulhe o nenê e coloque-o, com cuidado, na água. O seu braço esquerdo deve servir de apoio para a cabecinha, de modo a deixar a sua mão livre para segurar, firmemente o bracinho. Use a mão direita para lavar a criança.
Ao retirar o nenê da água, envolva-o em uma toalha macia. Providencie para que o trocador fique perto do local o banho, a fim de que a criança não tome correntes de ar.
Seque, cuidadosamente, as dobrinhas e o umbigo. Não use talco. Consulte o pediatra no caso de assaduras.
Vista o bebê com roupas macias, folgadas e confortáveis. 

Parto muda

Você já ouviu falar em parto humanizado? Já pensou em fazer um parto na água ou em posição de cócoras? Sabia que o melhor é o parto natural? Estas técnicas estão no meio de um emaranhado de outras maneiras que fizeram o parto evoluir com o tempo e que começam a revolucionar a idéia de dor na hora de dar à luz -um dos maiores temores.
Ser mãe é um sonho alimentado por muitas mulheres, mas é preciso se preparar para receber o bebê, escolhendo inclusive o melhor jeito de trazê-lo ao mundo. Os cuidados servem para que a criança nasça saudável e para que a mulher permaneça bem, com uma alimentação saudável, praticando atividades físicas, evitando o aumento excessivo de peso, cuidando da pele e sabendo lidar com possíveis alterações psicológicas.

O parto na água, ainda pouco difundido no Brasil, é uma das alternativas para amenizar a dor do parto: respeita o tempo que o bebê precisa para nascer e aumenta o contato entre pai, mãe e filho.
"O parto natural não é um modismo, mas um direito que as mulheres têm e que está sendo negado a elas. Ele traz benefícios em todos os níveis, da experiência pessoal ao desenrolar do próprio parto. Não digo que o parto na água seja para todas as gestantes, mas deve ser uma opção viável para aquelas que queiram", afirma o ginecologista e obstetra Adailton Salvatore Meira, especialista em partos na água.
O efeito relaxante da água reduz as sensações de dor provocadas pelas contrações que ocorrem durante o trabalho de parto e descontrai a musculatura do períneo -espécie de músculo que oferece resistência à saída da criança no momento do nascimento. Outro aspecto positivo é a segurança que a gestante sente quando está dentro da banheira.
"A água é como um analgésico. Ameniza a sensação dolorosa porque diminui o peso gravitacional. O corpo fica mais leve e, consequentemente, o bebê pesando menos é empurrado com mais facilidade", diz Meira. Nesse tipo de parto, a gestante fica dentro de uma banheira, coberta completamente por água a uma temperatura que varia de 36º a 37º.
"Tive muitas contrações, mas quando entrei na banheira as dores melhoraram 50% porque a água alivia", diz a veterinária Tatiana Monreal Dal Fabbro, 34, que deu à luz o seu segundo filho na água.
No parto feito na água, o pai não é mero coadjuvante do processo. Ele fica dentro da banheira, sentado por trás da mulher, dando apoio emocional, fazendo massagem e incentivando a gestante. Também tem como responsabilidade cortar o cordão umbilical do bebê, o primeiro contato com o filho.
A criança nasce debaixo d'água e só é trazida à superfície segundos depois. Enquanto em um parto tradicional os pais mal teriam contato com o bebê, na água a ligação entre pai, mãe e filho é o que tem mais valor.
A família permanece na banheira abraçada, estreitando os laços e respeitando o tempo que o bebê precisa para se adaptar ao novo ambiente. O cordão umbilical só é cortado quando a placenta [camada que envolve o recém-nascido] é completamente expelida pelo corpo da mulher.
"Em 75% dos partos feitos na água, o bebê não chora. Ele continua dentro da água, recebendo o carinho dos pais. É um momento só do casal e do bebê", afirma Meira. Nesse tipo de parto, a criança tem uma transição mais suave para a atmosfera, porque permanece em um meio aquático, que é mais leve, relaxante e aquecido.
"Não me arrependo. É uma sensação única. Não é uma dor propriamente dita. Sentir seu bebê sair de você é uma maravilha, uma emoção muito grande", diz Tatiana.
A grande dificuldade encontrada por quem opta por esse tipo de parto é a falta de ambientes adequados. A maioria dos hospitais e maternidades do Brasil, acostumados a receber pacientes que fazem cesarianas ou partos normais na posição horizontal, não são equipados com banheiras. No entanto, como os riscos de complicações durante o parto na água são baixos, a gestante pode dar à luz em sua própria casa ou nas chamadas casas de parto.

Como antigamente

Outro tipo de parto que deixou de ser usado com o tempo, mas que está sendo recuperado é o parto verticalizado, na posição de cócoras. Segundo Hugo Sabatino, professor de tocoginecologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), estudos antropológicos demonstraram que em 99% das civilizações antigas as mulheres davam à luz na posição vertical, principalmente de cócoras.
"Isso mudou no século 18. Um prestigiado médico francês sugeriu a posição horizontal porque era muito grande o número de mortes, tanto materna quanto infantil", diz Sabatino.
Atualmente, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), apenas 20% das mulheres apresentam algum perigo na gravidez, mas a maioria continua sendo tratada como se pertencesse ao grupo de risco. "Gravidez não é patologia", afirma Sabatino.
Para o ginecologista e obstetra Ricardo Herbert Jones, um dos adeptos da humanização, o parto horizontal facilita o trabalho do médico, mas atrapalha a mãe e o bebê. "O parto verticalizado, que é recomendado pela OMS, é mais fácil, seguro e rápido", diz.
Para mudar essa tendência, a Unicamp criou há 20 anos um grupo que desenvolve o parto alternativo. "Começamos a modificar a postura da grávida na hora do parto. Estimulamos a posição de cócoras, mas como é pouco utilizada pela mulher civilizada, criamos uma cadeira que facilita o processo", afirma Sabatino.
Nem somente a postura das mulheres durante o parto preocupa alguns médicos, que, para incentivar o parto normal, criaram a Rehuna (Rede pela Humanização do Nascimento). O chamado parto humanizado, defendido pelo médico francês Fréderick Leboyer, prega, entre outras coisas, o respeito ao bebê e é extremamente benéfico para a mãe.
Um dos princípios do parto humanizado é dar liberdade à gestante. "A tendência é que a mulher tenha liberdade para escolher quem vai ficar com ela para se movimentar, se alimentar e beber quando quiser. Ela dita as regras e tudo ocorre sem intervenção", diz Jones.
Tatiana queria dar à luz a sua primeira filha na água, mas como as condições não foram favoráveis, ela pediu que fizesse, pelo menos, um parto humanizado. "No nascimento da Lorena eu estava com pouco líquido. Foi induzido, mas fizemos um parto o mais humanizado possível. O ambiente estava escuro, fiquei de lado e não tomei analgésico nem anestesia. Ela tirou dez em tudo", disse a mãe Tatiana.
A pedagoga Gisele de Oliveira, 28, disse que o parto humanizado foi muito bom para sua primeira filha. "A Andressa é tranquila e carinhosa."

Cesariana

Temendo a dor e querendo evitá-la a qualquer custo, muitas grávidas acabam fugindo do parto normal -seja ele de cócoras, na água ou horizontal- sem nem saber se teriam condições para dar à luz dessa maneira.
A solução, incentivada por muitos médicos por ser mais prática e rápida, é agendar um dia, tomar sucessivas anestesias e passar por uma cirurgia: a cesariana. O recurso, no entanto, segundo o Ministério da Saúde, deveria ser o último, utilizado apenas nos casos em que, por algum problema, a mulher não pode dar à luz por meio de um parto normal.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 32,4% dos partos feitos em 1995 foram cesarianas. O número vem diminuindo, resultado, provavelmente, de campanhas feitas pelo governo para incentivar o parto normal. Em 2000, 23,8% dos nascimentos foram realizados por meio de cesariana. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo lideram a lista de cirurgias.

12 mitos e verdades sobre a gestação

A gestante ter muita azia significa que o bebê será cabeludo? A azia é resultado da compressão do estômago e do esôfago pelo útero, causada por um refluxo de ácido clorídrico. Portanto, ela tem relação com maus hábitos, como tomar líquido nas refeições, ficar muito tempo sentada, ingerir açúcares e outros irritantes da mucosa do estômago. Resumindo: a azia nada tem a ver com o crescimento do cabelo do feto.
Dica: Levantar a cabeceira da cama, mesmo com o auxílio de travesseiros, pode ser uma boa solução, assim como não ingerir refrigerantes.

Engordar muito significa que o bebê será grande?Quem engorda muito, normalmente, tem bebê grande sim. Mas essa questão é bastante delicada. Nossos antepassados acreditavam que a gestante deveria ingerir grande quantidade de carboidrato para que o bebê nascesse forte. O que não é verdade. É importante ficar atenta ao diabetes gestacional e manter uma alimentação balanceada.

Ficar sem comer muito tempo piora o enjôo? A gestante não deve ficar muito tempo sem comer por dois aspectos: primeiro porque o estômago vazio secreta ácido, o que aumenta o enjôo; e segundo porque a grávida corre o risco de sofrer de hipoglicemia, o que pode prejudicar o bebê e até mesmo levá-la ao diabetes gestacional.

Comer chocolate antes da ultrassonografia ajuda na hora de ver o sexo do bebê?Não existe qualquer relação de que seja mais fácil para quem come chocolate ver ou não o sexo do bebê durante a ultra-som.

O formato da barriga diz qual o sexo da criança? Barriga redonda ou pontuda não têm relação alguma com o sexo do bebê. Esse assunto continua desafiando o ser humano.



A diminuição de pêlos na gestante significa que ela terá uma menina? A redução de pelos, em algumas gestantes, tem relação direta com o metabolismo hormonal da gravidez e não com o sexo da criança.

Comer bolacha água e sal alivia o mal-estar e a salivação? O sal e a bolacha podem ajudar no mal-estar digestivo, assim como muitos outros alimentos frios, não gordurosos. É importante que a gestante experimente o que lhe faz bem. Todas as sugestões são bem aceitas.

Chupar limão combate o enjôo?A saliva da grávida pede alimentos ácidos e temperos fortes, por isso o limão é bem visto. Porém, é preciso ter cuidado com o excesso de ácidos, em caso de gastrite e aftas.

Comer chocolate durante a gestação provoca cólicas no bebê? Chocolate realmente provoca cólicas. Porém, isso ocorre no recém-nascido, e não no feto. Portanto, durante a gestação é liberado. Quem amamenta é que não deve ingerir chocolate, coca-cola e café, alimentos nocivos ao aparelho digestivo dos bebês.

Se os desejos da grávida não forem realizados, a criança pode nascer com algum sinal? Não há nenhuma relação entre desejos e marcas nos recém-nascidos. Os desejos que ocorrem na gestação são resultado de necessidades no organismo, como a deficiência de algumas vitaminas, cálcio, etc.
Dica: antes de cada refeição, feche os olhos por 30 segundos e senta qual alimento gostaria de comer. Fatalmente, virá à sua mente o alimento certo para aquela ocasião.

A mudança da lua influencia no parto? A lua influencia nosso planeta a todo instante, como nas marés e correntes oceânicas, por exemplo. A lua cheia está associada à hipertensão, devido ao aumento de líquido que circula pelo corpo. É nela que ocorre o maior número de rotura de bolsas amnióticas e edemas nas gestantes. Já na lua minguante tudo diminui. Nela, existem mais abortos e, nas gestações em fase final, mais facilidade para redução do líquido amniótico.
Dica: verifique em qual lua aconteceu a concepção. Ela será a lua do parto e, em todas as passagens dela você sentirá mais desconforto.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mãe depois dos 40

A maternidade é um sonho ansiado pela maioria das mulheres, por isso, será que existe uma idade certa para ser mãe?
O período mais favorável para engravidar é entre os 20 e os 35 anos de idade.
No entanto, com os avanços da medicina, é possível planear uma gravidez depois dos 35 anos.
A mulher não precisa desistir da gravidez porque já passou da faixa etária habitual, porque os riscos podem ser controlados e superados.

Cuidados a Ter

Para que a gravidez corra o melhor possível, deverá, ainda antes de engravidar, fazer algumas análises e exames, como provas de toxoplasmose, rubéola, hepatite, sida, sífilis, e as normais análises ao sangue e à urina.
Ao longo dos nove meses de gestação é normal que as grávidas dupliquem os seus cuidados.
A regra de ouro de uma gestação passa, primeiro que tudo, por uma boa alimentação. Por isso, deve evitar-se, ao máximo, ceder às tentações dos doces e dos hidratos de carbono, ou seja, não se deve comer por dois, contrariamente ao que se possa pensar.


Perigos


Numa gravidez a partir dos 40 anos vê-se aumentada a probabilidade de riscos, nomeadamente no que diz respeito a anomalias cromossómicas. O risco de ter um bebé, por exemplo, com síndroma de Down (trissomia 21) é tanto maior quanto mais velha for a mãe.
É importante, por isso, avaliar os antecedentes obstétricos da mulher para poder fazer um juízo de valor sobre os riscos, nomeadamente através de exames e acompanhamento médico.


Risco de Aborto


Uma mãe muito nova, ou de idade avançada, vê as suas hipóteses de abortamento aumentadas. Tudo depende da gravidez e do estado de saúde da gestante. No entanto, uma mulher com mais de 40 anos enfrenta um risco maior de ter um bebé prematuro, ou de vir a abortar.

Gravidez Saudável

O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, cuja ingestão deve começar ainda no planeamento da gravidez. Deverá ser tomado três meses antes de engravidar e nos três primeiros meses da gravidez. O ácido fólico ajuda a garantir a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebé.
Além do suplemento, pode ainda ingerir alimentos ricos em ácido fólico, nomeadamente, brócolos, espinafre, gema de ovo, fígado, feijão e peixe.

Outras recomendações


A não ser que a gravidez seja de risco, a mulher deverá ser capaz de fazer praticamente tudo, mesmo durante a gravidez.

Assim, aconselha-se:
Não fumar;
Não ingerir bebidas alcoólicas;
Reduzir o consumo de bebidas com cafeína (café, chás e refrigerantes);
Atividade física moderada e adequada (caminhadas, natação), se já a praticava, os riscos serão menores;
Cozinhar bem os alimentos (nomeadamente as carnes e os ovos);
Reforçar a ingestão de cálcio ( 2 a 3 copos de leite por dia e/ou iogurtes, como alternativa ao leite);
Lavar bem os frutos e hortaliças cruas;
Exames médicos frequentes e despiste de doenças (excepto radiografias);
Boa higiene oral.

Preparação para o parto

Está a chegar o dia pelo qual espera há sensivelmente nove meses. Tudo tem de estar a postos para quando chegar a altura. Se optou pela indução do parto, cada vez mais frequente em Portugal, então terá certamente tudo controlado. Se por outro lado está à espera da «mãe natureza», então o que se segue é para si.
O ideal será começar a planear o parto e o que fazer, cerca de um mês antes do dia previsto. Isto porque as previsões normalmente variam entre uma e duas semanas por defeito ou excesso. Como tal, o planeamento e preparação são fumdamentais, e não apenas para as mamãs. Os pais desempenham aqui um papel preponderante. E é imporante que o façam para não se sentirem excluidos deste momento de mudança nas suas vidas.
Entre as coisas mais importantes a fazer, está a mala para mãe e filho, e também a preparação do regresso a casa. Esta deve estar preparada para receber o mais novo elemento da família, de modo a que a transicção do hospital decorra o mais suave possível.
Encare a lista que lhe damos de seguida, como um referência das coisas mais relevantes que deve ter em conta. Em todo o caso, contacte o hospital, matermidade ou clínica, para ter a certeza que tem tudo o que precisa. Estes locais costumam também dar-lhe indicações do que levar e fazer.


Para a Mãe
Umas mais informais e outras com sentido «fashion» mais apurado, todas devem ter os seguintes pontos em atenção e colocar na mala:
Roupa para dormir (pijama ou camisa de noite preparadas para a amamentação)
Chinelos
Uma muda de roupa (para o regresso a casa)
Artigos de higiene pessoal (escova e pasta de dentes, escova de cabelo, champô, pensos higiénicos)
Carteira com os documentos pessoais
Revistas ou livros (para passar o tempo)


Para o Pai
Nesta altura os papás tendem a gastar muito as solas dos sapatos, ao andarem de um lado para o outro, sem saberem muito bem o que fazer, ou qual o seu papel exaxtamente. Aqui vai:
Livros, revistas, Sudoku, Gameboy, PSP ou qualquer outra coisa que o mantenha ocupado
Roupa (para o caso de passarem a noite na sala de espera)
Máquina fotográfica ou câmara de vídeo (essencial)
Telemóvel e carregador (prepare-se para passar horas a atender e a fazer telefonemas)
Charutos (para aquela celebração com os amigos)
Carteira com os documentos pessoais


Para o Bebé
De poucas necessidades, comer e dormir estão no top. Pouco sabe fazer mas o que faz, fá-lo bem e em grandes quantidades. Por isso não se esqueça de:
Várias mudas de roupa para o recém-nascido
Fraldas (muitas fraldas, de recém-nascido)
Cremes e toalhetes (alguns hospitais/maternidades disponibilizam estes artigos)
Uma manta (escolha bem porque esta vai acompanhá-lo por muito tempo)
Uma chupeta (a melhor amiga do bebé)


Para tornar o regresso a casa agradável e sem complicações, prepare várias refeições antes de ir para a maternidade. Se tiver um marido cozinheiro, uma sogra prestável ou outros do tipo, tanto melhor.
Relaxe enquanto pode e aproveite ao máximo esse milagre da natureza.

Após o parto

O momento do parto é um momento que os pais jamais esquecerão! Não tenham medo do mesmo... O medo dificulta apreciarmos e usufruirmos os bons momentos que vivemos!
A colocação do bebê sadio sobre o seio materno imediatamente após o seu nascimento é importante, pois faz com que ele se sinta seguro, o aquece e estimula a produção do leite materno. A amamentação imediata ao nascimento estimula a contração uterina, favorecendo a expulsão da placenta no parto normal, além de diminuir o sangramento transvaginal após o parto.
Alguns bebês podem necessitar de assistência especial do Neonatologista (Pediatra especializado no atendimento do recém-nascido) após seu nascimento para que tudo transcorra bem, mas a grande maioria dos bebês é examinada pelo Neonatologista após o nascimento apenas para que seja confirmado o seu bem-estar.
Embora natural, o aleitamento materno não é um ato-reflexo ou intuitivo, ele precisa ser aprendido! Aprendizado este que deve iniciar-se durante a gestação!
O período pós-parto imediato é crucial para que a amamentação se estabeleça de modo adequado nos primeiros meses de vida do bebê! 

O ideal é que mãe e recém-nascido permaneçam juntos no quarto durante 24 horas por dia. Esse procedimento ajuda a mãe e o bebê na adaptação dessa nova etapa que se inicia. O bebê conhece sua mãe e quanto mais pertinho dela ele fica, mais se sente seguro e se acalma...
O seio deve ser oferecido ao bebê em livre demanda, ou seja, sempre que ele solicitar, sem horários preestabelecidos! Deve-se amamentar no mínimo 8 vezes por dia e oferecer sempre os dois seios em cada mamada (a mamada seguinte deve ser iniciada pelo seio que foi o último na mamada anterior. Ou seja, em cada mamada inicia-se por um dos seios e assim sucessivamente!).
A principal causa de fissura nos mamilos é a pegada incorreta do mesmo pela boquinha do bebê! Assim como a mãe tem que aprender a amamentar, o bebê também precisa ser ensinado como sugar e ser ajudado durante a mamada para que a amamentação possa acontecer adequadamente!
É importante evitar o uso de produtos ou pomadas nas mamas, antes ou após as mamadas. Deve-se apenas manter os seios limpos.
Por não ser uma cirurgia, após o parto transvaginal não é necessário ficar deitada ou ficar sem comer. No entanto, não esquecer que a mulher não deve se levantar sozinha, pois como é perdido muito sangue durante o parto, é comum haver queda da pressão arterial e até desmaios, caso não se tenha cuidado ao levantar!

Após o parto cesáreo, a mulher deve permanecer em repouso no leito, já que foi submetida a um procedimento cirúrgico. Normalmente é recomendado que a paciente deambule (se levante do leito), com auxílio da enfermagem, após 12 horas do parto. Permanecer deitada no leito por muito tempo aumenta o risco de trombose no período pós-parto. A alimentação após a cesariana normalmente só é iniciada, gradualmente, após 6 horas.
A alta hospitalar normalmente acontece após 48 horas do parto normal e 72 horas após a cesariana, não se esquecendo que cada caso tem suas particularidades e que o Obstetra, junto com o Neonatologista e os pais devem estar de acordo quanto à mesma.
No próximo mês conversaremos mais sobre amamentação e orientações para as primeiras semanas após o nascimento do bebê. 

O segredo dos primeiros dias após o parto é manter a calma! Esse é um período de adaptações, para todos! O bebê é o reflexo dos pais. Dêem carinho, transmitam calma para ele e aproveitem o presente (indescritível!) que receberam.

O primeiro mês do bebê e o resguardo

Após o parto a mulher deve permanecer em repouso relativo, de forma que seu corpo possa se adaptar às novas alterações decorrentes do nascimento do bebê. No caso da cesárea, essa repouso é ainda mais importante, pois a mulher foi submetida a um procedimento cirúrgico. Esse período, chamado de reguardo, varia entre 30 a 45 dias após o parto, e, nessa fase, a puérpera (=mulher que teve parto) não deve ter relações sexuais, por causa do esforço físico, para não prejudicar a cicatrização (tanto da cesárea quanto do parto normal - episiotomia) e pelo fato do colo do útero se encontrar normalmente entreaberto, o que facilita infecções uterinas no caso de haver relação sexual.
A indicação de repouso não quer dizer ficar deitada na cama. Pelo contrário, a deambulação precoce (ou seja, levantar da cama e caminhar) após o parto é importante para prevenir complicações após o parto, como a constipação e a trombose venosa profunda (está última sendo uma grave complicação).
Além da importância descrita acima, o reguardo, período de repouso materno, auxilia na adaptação de mãe, pai e bebê à nova rotina dentro de casa.
O sangramento transvaginal é normal após o parto e vai gradativamente ficando menor, apresentando um aumento de volume sempre que a mulher está amamentando. Esse aumento é decorrente da contração uterina estimulada pela sucção do bebê no seio materno.
Após o nascimento, o bebê basicamente dorme e mama durante todo o dia. Mas os recém-nascidos, diferentemente dos adultos, não possuem uma alternância nítida entre o sono e a vigília, oscilando entre diferentes estados que se sucedem rapidamente. Nas 48 horas após o parto, há um predomínio dos estados de sonolência, como se o recém-nascido estivesse se recuperando. Posteriormente, há um aumento progressivo dos períodos de vigília. No entanto, existem diferenças marcantes entre os bebês.
Quando está mamando, o bebê suga e descansa. Não podemos esquecer que para mamar o bebê faz um grande esforço!
Nos primeiros dias, as mamadas são bem próximas, e, muitas vezes, apenas 15 minutos após ter acabado de mamar, o bebê já tem necessidade de voltar ao seio materno de novo. Não há um intervalo entre as mamadas que deve ser obedecido, deve-se amamentar em média oito vezes por dia (mínimo) e oferecer sempre os dois seios em cada mamada. Portanto, a amamentação deve ser em livre demanda, ou seja, sempre que ele quiser, sem horários preestabelecidos!

O bebê que mama no seio materno não necessita de nenhum complemento alimentar como água e chás. E suas fezes podem ser de características e freqüência variáveis de dia para dia (e de bebê para bebê). O colostro, leite produzido durante os primeiros dias após o parto, é um fluido amarelo, mas não é "fraco", ele possui cerca de três vezes mais proteínas que o leite maduro, além de vitaminas e células de defesa.
É importante evitar o uso de produtos ou pomadas nas mamas, antes ou após as mamadas. Deve-se apenas manter os seios limpos. A principal causa de fissuras nos mamilos é a pegada incorreta dos mesmos pela boquinha do bebê. Caso as mesmas ocorram, a melhor conduta é passar o próprio leite da mãe sobre o mamilo (pois o leite ajudará na cicatrização sem prejudicar o bebê) e procurar orientação com seu médico sobre como ajudar o bebê na pegada do mamilo.
Não esquecer que algumas medicações passam para o bebê através do leite materno, portanto, deve-se sempre seguir as orientações do obstetra e pediatra sobre qualquer remédio a ser tomado!
Conforme dito em meses anteriores, alguns bebês mamam inicialmente com mais facilidade que outros, mas de uma forma geral, quando se mantém a calma e retirando as dúvidas com o médico, a amamentação transcorre sem problemas!
O umbigo do bebê deve ser limpo durante o banho com água e sabão e após o banho com álcool a 70%. Normalmente o umbiguinho (coto umbilical) cai entre 7 a 10 dias após o parto.

O bebê tem percepções visuais desde o nascimento com uma nítida preferência pelo rosto humano. Durante o primeiro mês após o parto, a melhor distância que o bebê enxerga é entre 20 a 30 centímetros, exatamente a distância entre o rosto da criança e o da mãe na amamentação.
Desde as primeiras horas de vida o recém-nascido é capaz de voltar os olhos na direção de um som, tendo preferência pela voz humana, principalmente a da mãe e do pai, vozes que ele já conhece, pois a maturação do sistema auditivo do bebê ocorre em torno do quinto mês de gestação, quando o bebê já consegue ouvir e compreender essas vozes. Recém-nascidos que nunca foram alimentados reagem diferentemente a diferentes sabores, existindo uma preferência inicial por soluções doces. Bebês de uma semana conseguem perceber diferenças entre cheiros complexos, podendo distinguir o odor materno de outros cheiros.
Não se pode esquecer do teste do pezinho. Ele serve para diagnosticar doenças como Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias e Fibrose Cística. Ele deve ser realizado em todos os recém-nascidos, a partir de 48 horas após o nascimento até 30 dias, sendo que quanto antes melhor! O Teste do Pezinho consiste em colher sangue do bebê para que estas doenças acima possam ser diagnosticadas e as condutas pertinentes possam ser instituídas. Após o parto, um novo caminho se inicia... Mas o casal não pode esquecer que não está sozinho! Estamos aqui, médicos, dispostos a retirar as dúvidas que já existem e as que venham surgir, para que esse novo caminho seja o mais prazeroso possível!
Sobre executar bem a tarefa de pais.  

Cuidados no trabalho

É o sonho de muitas mulheres ser mãe. Para realizar este desejo, nos dias atuais, as mulheres têm de conciliar a gravidez com o trabalho. Para ter uma gestação sem transtornos é necessário ter alguns cuidados no ambiente de trabalho.
De acordo com o médico do trabalho e gestor da Torres Associados, Luiz Massad, durante a gravidez a mulher tem de redobrar os cuidados especialmente em duas fases, nos primeiros três meses e nos últimos três meses.
“No primeiro trimestre, os cuidados são maiores porque pode haver o descolamento da placenta. O segundo trimestre é um momento mais tranquilo. Já no terceiro, pode haver o risco de trabalho de parto prematuro”, explica.
Indicações
Indiferentemente da área em que a gestante atua, o especialista aconselha que na gestação as mulheres evitem postergar a ida ao banheiro, já que segurar a urina pode causar infecção urinária, o que pode levar ao trabalho de parto prematuro.
Outro cuidado que a profissional deve ter é em relação a alimentação. Segundo o médico, as mulheres têm de se alimentar corretamente, além de evitar muitas horas sem comer. Ele aconselha que as grávidas comam a cada duas horas.
A alimentação foi uma das principais preocupações da jornalista Bruna Ferrão. Na 30ª semana de gravidez, ela está seguindo uma dieta balanceada indicada por sua médica. “Procuro comer alimentos mais saudáveis e evito ficar muito tempo sem comer. Como uma fruta ou uma barrinha de cerais”, afirma.
A preocupação com a alimentação também foi uma das principais atenções da analista de vendas, Cleide Lima Guidugli. Além de ingerir alimentos mais saudáveis, ela evita comer com pressa e busca lugares apropriados para fazer suas refeições. “Na hora do almoço, sempre saio da mesa [do escritório] para comer”.
Cleide também faz hidroginástica e drenagem voltada para gestantes. Sobre a atividade física, Massad afirma que as consideradas mais cansativas devem ser evitadas. Ele aconselha a caminhada e a hidroginástica, entretanto, o exercício na água deve ser feito em um local higiênico para evitar infecções.
Outra dica dada pelo especialista é que a gestante evite a automedicação. “Se ela se sentir mal, deve parar de trabalhar e procurar um médico”.
Papel do empregador
Ele orienta ainda que o empregador acompanhe a gestação da profissional. Para o especialista, as empresas devem respeitar a gestante e dar condições para que ela possa ter uma gestação tranquila. Uma dica é flexibilizar o horário de trabalho para evitar transportes públicos lotados e congestionamento.
Sobre o período que a grávida tem de trabalhar, o médico orienta até a 36ª semana. “Este é o limite indicado, mas as mulheres trabalham até final da gravidez para poderem ficar mais tempo com o bebê durante a licença-maternidade”.
O que diz a lei
Em relação à legislação, a advogada trabalhista e previdenciária do escritório Bornholdt Advogados, Aline Mattos dos Reis, explica que a profissional desde a gestação até o quinto mês pós-parto tem estabilidade de emprego, ou seja, ela não pode ser demitida durante este período, somente em casos de justa causa.
“Sempre que a gestante fizer o pré-natal, terá direito à dispensa do trabalho, justificando com a devida declaração de comparecimento ao médico. No caso de necessidade de alteração de função em virtude da gestação, deverá ser realizada com base no atestado médico comprovando a necessidade de mudança", explica.
Além disso, as gestantes também têm direito a 120 dias de licença-maternidade. O advogado trabalhista do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados, Arthur Cahen, acrescenta, ainda, que se a empresa aderir ao Programa Empresa Cidadã, é possível prorrogar por mais 60 dias a licença-maternidade.
Em caso de bebês prematuros, pela lei, as mães podem reduzir dois períodos de 30 minutos da sua jornada de trabalho para amamentação.
Salário-maternidade
A profissional tem ainda direito ao salário-maternidade, que corresponde ao período de licença para a gestante, que é de 120 dias. O valor pago a este título pela empresa será compensado depois nos recolhimentos do INSS.
Por fim, a legislação prevê ainda que os pais também podem ficar cinco dias em casa, após o nascimento do filho.

Nós e nossa família

Um Relacionamento a Três
O nascimento de um filho é certamente a revolução mais importante que acontece na vida de um casal. Mudam as prioridades, a organização das horas de lazer, os projetos para o futuro. Este pequeno e indefeso bebê em poucos dias já transformou a vida de pelo menos duas pessoas. Para os homens é um pouco mais difícil aprender a conviver com o recém chegado, principalmente do ponto de vista prático. Alguns anos atrás, os pais "tradicionais" não teriam jamais sonhado em trocar as fraldas de um recém nascido, pois os bebês eram sempre tarefa única e exclusiva das mães.
 O papel do pai: os tempos mudaram e hoje muitos homens desejam cuidar do bebê desde os primeiros dias de sua vida. É um comportamento que permite ter maior entrosamento com o pequeno, além de dividir em dois o trabalho de cuidar do bebê. Naturalmente, existem coisas como a amamentação que é tarefa exclusiva das mães, até que o bebê não inicie a amamentação artificial. Mas os neo-papais podem se dedicar a outras coisas como o banho do bebê ou trocar suas roupinhas. Construir um equilíbrio perfeito no meio desta nova família não é fácil, mas se existir atenção e sensibilidade, não será impossível.
 Reservado aos novos papais: eis alguns conselhos práticos para a harmonia no lar com a chegada do bebê:
1) Dê, concretamente, uma mão à sua esposa na administração da casa e nos cuidados com o bebê;
2) Continue a ver na sua esposa a companheira de antes, lembrando-se que vocês dois são um casal além de serem pais.
3) Assim que possível retomem a vida sexual como era antes. Mas, respeite o pouco interesse sexual que afeta boa parte das mulheres após o parto... isso passará.
4) Continuem, no limite do possível, a desfrutarem juntos dos hobbies e costumes de antes, inclusive as saídas com os amigos. Não é uma atitude positiva, inclusive para o seu filho, se vocês se trancarem dentro de casa.
5) Não sinta ciúmes se entre a mamãe e o bebê existe um relacionamento "especial": é natural que seja assim, o recém nascido durante seu primeiro ano de vida tem necessidade de estar muito com a mãe, e para ela o seu pequeno é o centro de suas atenções.
 
    Se Existem Outros Filhos
Se vocês têm filhos pequenos, a chegada do novo bebê deve ser preparada com antecedência. Nos últimos meses da gravidez, converse com seus filhos e faça-os entender que nada, nem a chegada de outro bebê, poderá diminuir a seu afeto por ele. Nesta hora, o papai terá um papel fundamental: pois enquanto você estiver na maternidade, eles ficarão juntos e farão "coisas de gente grande", tomarão conta da casa, e prepararão um belo desenho para presentear a mamãe. Junto com o papai, eles irão à maternidade conhecer o "misterioso" irmãozinho ou irmãzinha. Se seus filhos forem pequenos, prepare-os para certas situações que podem ocorrer na maternidade de forma a que ele não se assuste (por exemplo, encontrar a mamãe com estranhos tubinhos no braço, mas que não machucam, ou ver o bebê na incubadeira, um bercinho que o protege e aquece). Quando voltar para casa com o bebê, inclua seus filhos nos cuidados com ele: quando amamentar chame-os perto de você, converse bastante com eles contando que vocês faziam as mesmas coisas quando eles eram bebês, faça-os participar da chegada do bebê. Permita que eles toquem o bebê com beijinhos e carinhos quando você estiver junto. Mas, mesmo assim, é natural um pouco de ciúmes, especialmente em crianças de 2 a 6 anos, portanto lembre-se de dosar suas atenções e disponibilidade de acordo com as exigências de seus filhos.

  Um Novo Conceito de Casal
Do ponto de vista médico, as relações sexuais devem ser evitadas nos primeiros 30-40 dias após o parto. Os motivos são óbvios: o colo do utero precisa de tempo para voltar à normalidade e garantir a necessária proteção contra infecções. Passado esse período não existem outras contra-indicações, mas as vezes muitos casais apresentam outros problemas de ordem física e psicológica (como por exemplo, dor nas cicatrizes da episiotomia, cansaço e stress). Muitas vezes, o nascimento de um filho cria situações diversas que desestabilizam a vida do casal. A chegada de um bebê traz muitas dificuldades de ordem prática, e para os novos pais é difícil encontrar entre uma mamada e outra, ou após uma noite mal dormida, o tempo necessário para estarem juntos. Muitos fatores psicológicos tornam a situação ainda mais complexa: muda a intensidade do desejo, muda a imagem que se tem de si mesma, se teme por uma nova gravidez, etc. Mas normalmente, com o passar do tempo, estes problemas são superados e o relacionamento de vocês como um casal volta à sua normalidade.

  Com Quem Deixá-lo
Atualmente a maior parte das mamães trabalham fora, e portanto depois de um certo período de licença após o parto, é necessário se organizar para a volta ao trabalho e o momento da primeira separação de seu bebê. A lei prevê uma série de direitos que tutelam a mulher grávida. Por exemplo, uma mulher grávida não pode ser despedida, mesmo se foi admitida há pouco tempo. Esta lei foi criada para proteger as mulheres grávidas que poderiam se tornar um "peso" para seus chefes e serem então demitidas. Mas passado o período de licença maternidade, chega a hora de enfrentar a volta ao trabalho, e o grande dilema de quem tem um bebê tão pequeno: "Com quem deixá-lo?" É uma pergunta a se fazer com bastante antecedência, uma vez que será necessário um grande empenho na busca do berçario ideal, ou de uma babá confiável.
1) Os avós: normalmente, seus pais ou sogros serão os primeiros a se oferecerem para cuidarem do netinho enquanto você trabalha. É uma solução familiar que sem dúvida elimina muitos problemas de ordem prática e garante ao bebê o máximo das atenções e afeto. Porém muitas vezes, podem surgir certas dúvidas e preocupações: "Será que o viciarão?", "O bebê não ficará muito apegado aos avós?", "O bebê recolhecerá a autoridade dos pais"?. Não tema, o carinho dos avós é sempre bom, e não existe nada no mundo que ameace o apego de seu bebê por vocês. Os pais serão sempre as figuras de referência mais importantes para ele.
2) O berçario: Com poucos meses de vida, seu bebê pode já ser inscrito em um berçario próximo à sua casa. A equipe de assistência não é tão personalizada como no caso dos avós, mas sem dúvida o seu bebê estará em boas mãos: o pessoal é especializado, e a organização dos berçarios se preocupa ao máximo com segurança e higiene.
3) As babás: Encontrar uma pessoa de confiança e especializada a quem entregar a responsabilidade dos cuidados de seu bebê, é uma ótima solução mas que requer uma exaustiva procura normalmente junto a amigos e parentes. É importante verificar o curriculum e a experiência deste profissional, e também através de uma conversa pessoal analisar certas caracteristicas: delicadeza, responsabilidade, o jeito com a criança, educação. Se a pessoa parecer apta, faça-a passar algumas horas com seu bebê, pois assim você poderá observá-la em ação e também verificar a reação dele à nova babá.

Nós e nosso bebê

Um "Estranho" a Conhecer
Durante nove meses você o imaginou, sonhou com ele, e agora ele está aqui, aparentemente frágil, indefeso, totalmente dependente de você. É normal se você se sentir insegura: você aprenderá rapidamente a cuidar e bem de seu bebê. Levará só um pouco de tempo para você se acostumar a ele, aprender a conhecê-lo, a entender suas necessidades. Hesitações e dúvidas se esvairão aos poucos e cada vez mais você sentirá segurança em você mesma.
 Como decifrar o seu choro: A primeira situação que a deixará alarmada é o choro. Se na maternidade seu bebê parecia um anjinho, calmo e tranquilo, assim que chegar em casa você vai descobrir que ele é um "gritador" profissional. Ok.... nada de pânico... o choro de seu bebê é o único modo que ele tem de comunicar suas necessidades e sensações. E o faz com toda a intensidade de seu fôlego. E não se acalmará enquanto não for satisfeito. Portanto, mantenha a calma e inicie a "listagem de prioridades":
1) Fome? É o motivo mais óbvio que o faz gritar com tal urgência que nenhum carinho consegue acalmá-lo. Seu bebê só se tranquilizará depois que estiver satisfeito. Se está chorando e já se passaram algumas horas da última mamada, é fome! Evite oferecer água e chás entre as mamadas, pois na realidade não é que sejam nocivos ao bebê,  mas ao sugarem a mamadeira, os bebês podem largar do seio materno, o que seria lastimável, devido ao fato da sucção de mamadeira demandar menos esforço e ser mais fácil. O leite materno, por sua vez, tem menor teor de sódio (SAL) que o de vaca, e o bebê não sentirá sede, mesmo em dia escaldante, desde que mame o seio materno, tendo inclusive sido feitos trabalhos científicos em países de clima quente (África) que comprovam a sua grande eficácia. E se você ainda tiver dúvidas, é só pensar na natureza, pois o homem é o único mamífero que oferece ao seu filhote, chá e água no intervalo das mamadas, não é mesmo? Então, se o bebê mamar e daqui a 15 minutos quiser mamar de novo, ele deverá mamar O SEIO, é o que chamamos de livre demanda, mamadas sem horários rígidos...
2) Dor? Agudo, inconsolável, de repente, assim se caracteriza um choro por alguma dor. Nos primeiros meses são normais as cólicas provocadas por ingestão de ar durante as mamadas. Tente massagear sua barriguinha, mas se você notar algo de muito diferente no seu comportamento não hesite em chamar o pediatra.
3) Agitação? Um recém nascido é "bombardeado"com novos e diferentes estímulos: barulhos, luzes, ambientes, etc.... e em certos momentos de maior tensão ele pode manifestar uma verdadeira crise de choro. Seu bebê está cansado, nervoso, quer um pouco de colo. Alguns bebês choram antes de dormir... não o deixe chorar pensando que assim cairá no sono: ele precisa só de calma e um pouco de carinho.
4) Frio? Muitas vezes quando estamos trocando ou dando banho em um bebê ele começa a chorar. Isso pode ser pela momentânea sensação de frio, mas também pela sensação de nudez repentina. Cubra-o com a toalha para acalmá-lo.
5) Solidão? Sim, pode ser... às vezes ele sente a sua falta e começa um choro imperioso, quase desesperado. Não pense que sejam somente caprichos, pegue-o um pouco no colo, dê um pouco de carinho e atenção, faça-o sentir as batidas de seu coração que logo ele se tranquilizará. 

      Os Ritmos do Sono
Um recém nascido durante seu primeiro mês de vida passa a maior parte do tempo dormindo. Muitos estudos afirmam que em média um bebê dorme um mínimo de 12 a um máximo de 20 horas. É possível dar um ritmo ao seu sono? Durante o primeiro mês é muito difícil, mas com o tempo o sono durante a noite se torna predominante. Muitas vezes porém, pode acontecer que seu bebê troque a noite pelo dia. Aí, você pode tentar inverter esta situação aos poucos: fique com o bebê durante todo o dia no carrinho, levando-o para o berço somente a noite; mantenha as janelas abertas para ele perceber a claridade do dia, e não tente diminuir os barulhos costumeiros da casa e à noite faça o contrário evitando acender as luzes; e quando ele estiver acordado durante o dia faça o possível para mantê-lo assim, brincando, conversando, chamando sua atenção.

  Gêmeos: uma Dupla Felicidade
Organização é a palavra chave. Em primeiro lugar aceite toda a ajuda e colaboração que for oferecida, avós, amigas, vizinhas... Mas tente distribuir as tarefas, pois senão você será invadida por este amável grupo de colaboradoras mas que a cada minuto estarão perguntando o que fazer, aumentando ainda mais a confusão. Tente sincronizar a vida familiar de modo que os gêmeos acordem juntos, sejam amamentados juntos, façam o banho juntos. Pode parecer trabalho duplo, mas se alguém ajudar será uma grande economia de tempo. Para amamentar, você precisará de muitas energias: ofereça um seio a cada um e inverta a posição na mamada seguinte. Se você não tiver leite suficiente, opte pela amamentação mista: dê a um dos bebês a mamadeira e ao outro o peito, e inverta o "turno" na mamada seguinte. No início, os trabalhos com os cuidados com os gêmeos serão dobrados, mas logo logo eles estarão se entretendo um com o outro, você conseguirá respirar com mais alívio, mas em compensação sua felicidade também será dupla.

  Os Cuidados Quotidianos
Cuidar de seu bebê do melhor modo possível é o objetivo imposto por cada pai e mãe. Mas logo no início, principalmente se é seu primeiro bebê, parecemos extremamente desajeitados só de pegá-lo no colo, ou fazemos coisas absurdas como colocar a fralda ao contrário, ou esquecemos coisas óbvias como lavar as axilas na hora do banho. Você se lembra daquelas cenas iniciais do filme "Três solteirões e um bebê"? Pois é.... serve para ilustrar estas situações... Bom, não podemos pretender a perfeição logo nas primeiras vezes, mas aqui vão alguns conselhos práticos:
 O banho: muitas mamães preferem dar o banho no bebê no início da noite, pois seu efeito relaxante pode contribuir para um sono mais profundo durante a noite e também porque você poderá contar com a participação e ajuda de seu marido. Deixe tudo à mão: esponja, toalha, sabonete neutro. Antes de iniciar o banho deixe separada a roupa que você irá vestir no bebê. E se estiver frio controle a temperatura do banheiro e veja se não existem correntes de ar. A temperatura da água deve ser verificada, sempre em torno dos 37-38 graus, com o tempo você conseguirá "medir" facilmente mergulhando o pulso na água. Coloque seu bebê com cuidado dentro da banheira, falando com ele suavemente.... lembre-se que ele se sente inseguro com medo quando está nu. Mantenha-o com firmeza, apoiando as costas e a nuca sobre o seu braço esquerdo, segurando com a mão por sob o seu bracinho... assim você terá a mão direita livre para lavar seu rostinho, pescoço, peito, genitais e pernas. Vire-o delicadamente mantendo-o quase de pé e lave suas costas e bumbum. Quando tirá-lo da banheira, cubrá-o com a toalha e não se preocupe se ele chorar... é a reação à mudança de temperatura.
 A troca de fraldas: desnecessário falar sobre as vantagens das fraldas descartáveis. Além da praticidade, elas contem substâncias especiais que absorvem a urina não permitindo que fique em contato com a pele do bebê o que favorece o não aparecimento de assaduras no seu bebê. Antes de mais nada, controle que você tem tudo a mão: fralda limpa; esponja, algodão ou lenços umedecidos; água morna; hipoglós; roupa limpa para troca; não esqueça que o bebê não pode ficar sozinho nem por um segundo. Em primeiro lugar limpe a parte anterior dos genitais, com especial atenção nas dobrinhas, e por último limpe a parte posterior do bumbum. Seque bem, passe o creme protetor e coloque a fralda limpa. Uma dica para evitar assaduras, além de uma troca frequente de fraldas, é fazer um creme misturando um tubo de hipoglós com 100ml de óleo de amêndoas, bata no liquidificador e espalhe um pouco nos genitais antes de fechar a fralda. Ajuda bastante... 
 Como vestí-lo: vestir um recém nascido parece tarefa fácil, mas quando as perninhas ficam obstinadamente dobradas, os bracinhos imóveis, a cabeça incrivelmente maior que as golas das roupinhas, as coisas parecem se complicar terrivelmente. Para piorar, seu bebê pode demonstrar uma enorme aversão pela nudez, não gostar de se sentir "manipulado" e parecer não colaborar em nada. Eis então, alguns pequenos truques: Antes de mais nada, opte por roupas de simples colocação e que permitam trocar as fraldas sem precisar despir completamente o bebê. Esqueça as belas roupinhas cheias de fricotes, prefira os macacõezinhos "zip-zapt". As mangas não devem ser muito aderentes, e antes de comprar as roupas verifique se a abertura da gola é suficientemente larga. Use sempre babadores pois assim evitará trocar as roupas cada vez que ele regurgitar. E lembre-se que a hora da troca é sempre um momento a ser aproveitado para socializar com o bebê, faça brincadeirinhas, massagens em suas costas e barriga, evitando transformar esta hora em uma obrigação a terminar o mais rapidamente possível.
 O primeiro passeio: muitas mães se questionam quando começar a sair com o próprio bebê. Esperar uma semana, 10 dias? De manhã ou a tarde? Se o bebê está bem e você já se recuperou do parto, então nada a impede de passear com seu bebê. O passeio não é uma obrigação, não precisa respeitar horários fixos. Prefira horários em que a temperatura esteja agradável, e evite estradas congestionadas e barulhentas, optando por ruas calmas ou parques. Tente evitar ir a locais fechados com muitas pessoas, como shopping centers.

 A Escolha do Pediatra
Seu ginecologista ou seu médico de família podem ser uma boa fonte de informações, ou também outros pais e mães de suas relações, mas o mais importante é a empatia com o pediatra de seu bebê. A primeira consulta será normalmente quando completar um mês de vida. Leve um caderno para anotar as instruções que serão dadas a cada nova consulta e principalmente para você ir anotando as perguntas e dúvidas para as próximas consultas. Durante o primeiro ano de vida, seu bebê passará por um controle mensal com o pediatra, que acompanhará seu crescimento (peso/altura/circunferência crânica), o funcionamento dos orgãos, os problemas referentes ao sono, amamentação, etc. E acompanhará também o calendário das vacinações.

A volta para casa: nós, mães e mulheres

A Volta à Normalidade
O nascimento de um filho é um evento extraordinário do ponto de vista psicológico e um grande "terremoto" físico. No seu corpo durante nove meses, se verificaram profundas transformações, alguns orgãos alteraram suas funções e dimensões e agora será necessário um certo tempo para reencontrar o equilíbrio e voltar à normalidade. Neste período outros hormônios e outros orgãos devem iniciar a produzir o alimento nutritivo para o seu bebê. Mas não se preocupe... principalmente se seu parto foi normal, se não houve complicações e se você está com boa saúde, em pouco tempo tudo voltará ao normal. Esta fase de "assentamento", que permite ao organismo de se recuperar, se chama puerpério e dura 6 a 8 semanas.
  Como muda o corpo: o utero é o orgão que mais "sofreu" na aventura de sua gravidez. Durante nove meses, foi-se dilatando lentamente até chegar ao peso de aproximadamente 1 quilo. Foi cresendo até chegar a dimensões 30-40 vezes maiores do que o normal, indispensáveis para acolher um bebê de cerca 3 quilos. Logo após o parto, o utero começa a diminuir, cerca 1 cm ao dia, e para tornar às dimensões originais serão necessárias 3 a 4 semanas. As contrações que se sentem neste período são o resultado do mecanismo de diminuição das fibras muscolares.
Outro sinal da volta à normalidade são as perdas sanguíneas que durão cerca de 10 a 20 dias. Servem para que o utero elimine os tecidos que ficaram em contato com a placenta e para assim reconstruir o revestimento interno que dará origem ao novo ciclo menstrual. Se você está amamentando as primeiras menstruações aparecerão com uma cadência muito variável, se você não amamenta ao peito sua menstruação reaparecerá após dois meses. A vagina é bastante elástica para voltar às dimensões normais em breve tempo.
  O controle com o ginecologista: antes da alta da maternidade, o ginecologista fará uma visita de controle. Se o parto foi normal e sem complicações será aconselhável um retorno em 40 a 50 dias depois do parto. Esta será a hora de se falar em contracepção, pois mesmo se você estiver amamentando, em muitos casos a ovulação recomeça antes do final da amamentação e portanto existe a chance de se engravidar novamente. No caso de parto cesáreo o retorno com o ginecologista será aproximadamente 10 a 15 dias depois da cirurgia. E depois, com a periodicidade de antes da gravidez.

  A Organização da Vida Quotidiana
Mesmo que você tenha programado nos mínimos detalhes o início da sua nova vida com o bebê, a realidade te apresentará muitas surpresas. Porque um recém-nascido tem exigências dificilmente programáveis e adaptáveis ao estilo de vida de um adulto. Nestes primeiros dias é melhor delegar a outras pessoas o cuidado com a casa e os afazeres quotidianos. Agora, o mais importante é o seu repouso e o contato com o bebê. Antes do nascimento do bebê faça grandes estoques: fraldas, produtos de limpeza, alimentos congelados. Isso a ajudará a não ficar ansiosa pensando nas compras e na alimentação da família. Você pode sempre contar com compras em supermercados que entregam a domicílio... informe-se antes! Muitas neo-mamães se sentem em culpa pelo estado de desordem da casa. Bobagem... faça o que puder, e com o tempo você verá que as coisas voltarão à ordem normal.
  Como relaxar um pouquinho: aproveite quando seu bebê estiver dormindo... os recém nascidos dormem muito durante o dia, e permitem às mães que façam o mesmo. Outra dica para relaxar é aproveitar a presença de seu marido ou dos avôs para tomar aquele banho relaxante. Lembre-se que é muito importante você se preocupar com você mesma e ter cuidados especiais com o seu corpo. E lembre-se que relaxar significa também dominar a ansiedade que pode aparecer nestas horas... aproveite com serenidade de cada momento com seu bebê... Outra coisa muito importante é seguir seu instinto... O melhor conselho é não seguir conselhos!!! Obviamente o ideal é considerar todas as teorias que nos dizem como sugerimentos úteis para resolver um problema prático. O desejo de fazer as coisas certas e de aprender o mais rápido possível a ser uma boa mãe não deve fazer você esquecer um precioso aliado: seu próprio instinto. Escute sempre a voz que fala dentro de você e coloque-a em prática... costuma ser a resposta certa!!!
  A depressão: o bebê tão esperado finalmente nasceu, tudo correu bem... mas à nova mamãe acontecem inesperadas crises de choro, e nem ela sabe o porque. É um fenomeno muito comum (atinge cerce de 70% das mulheres), uma inexplicável tristeza conhecida também como "baby blues"... As causas podem ser várias: física (a experiência do parto traz algunas sinais de fraqueza e falta de enrgia, e também as transformações hormonais em andamento como por exemplo a que inicia a produção de leite); emotivo (durante meses você esperou este momento, com o desejo de finalmente conhecer o seu bebê e o medo de que algo poderia acontecer... é normal este sentimento de melancolia após um período de tanta tensão nervosa); psicológico (durante a gravidez tudo era mais simples... o bebê se nutria através de você, fazia parte da sua existência de modo natural. Agora, você tem em seus braços um ser frágil, totalmente dependente de você, com uma série de necessidades e é normal você se perguntar "serei uma boa mãe?" e sentir-se ansiosa com a nova função). Na maior parte dos casos, esta melancolia some em alguns dias. Mas se as crises de choro ou apatia continuarem por semanas é melhor conversar com um especialista. O ideal é preparar-se para esta possível fase, e contar com a ajuda e compreensão principalmente dos neo-papais para compartilhar as angústias e dúvidas dos primeiros dias depois do parto.

  Amamentação, um Gesto de Amor
"Terei leite suficiente?" Quantas vezes durante os últimos meses da gravidez, você não se fez esta pergunta...Isto confirma como hoje em dia o desejo de amamentar ao seio o próprio bebê é amplamente difundido, principalmente pelas inúmeras vantagens que esta decisão terá à saúde do seu bebê. As primeiras tentativas, ainda no hospital, podem não corresponder à idéia que você tinha, mas é normal. A amamentação é um ato natural, mas é uma experiência nova tanto para você como para o bebê. No início, as mamadas serão breves pois seu bebê não há necessidade de muito leite, pois receberá o colostro, chamado "primeiro leite", denso de substancias nutrientes e anticorpos. Assim, ele começará a aprender a mamar e você começará a curtir esse momento tão especial. Não se preocuper se em alguma mamada seu bebê não parecer mamar como deve... ele sabe se regular sozinho e com certeza terá mais fome na mamada seguinte. Você pode optar por amamentar em horários fixos ou mais livremente quando ele requisitar.... de qualquer modo a amamentação ao seio é o que garante maior nutrição ao seu bebê e que também permite a você maior liberdade de ação (o seu leite estará sempre disponível em qualquer situação).
  Como enfrentar alguns problemas: é importante que você esteja a par de alguns inconvenientes mais frequentes nas primeiras semanas, pois assim você estará preparada e poderá evitar pequenas complicações:
1) Dor nos bicos dos seios: mesmo se você se preparou com cremes e massagens durante a gravidez, agora com a sucção que seu bebê faz, a dor pode aparecer... em geral após as 10-12 primeiras mamadas elas desaparecem, mas faça atenção para que seu bebê ao mamar pegue com a boca não só o bico mas também a aréola, faça também banhos de sol ou luzes nos seios por 10-15 minutos todos os dias, e também espalhe com o dedo sobre a aréola um pouco de seu leite, melhor ainda o próprio colostro... lembre-se que é nutritivo.
2) Seio duro: às vezes quando há muita produção de leite, seu seio fica inchado, dolorido, e o bebê não consegue prender-se ao seio e nem mamar direito. Para evitar isso, o melhor é que as mamadas sejam frequentess e regulares desde os primeiros dias, e que o seio fique totalmente vazio. Como? Basta espremer seu seio com a palma da mão, do alto em direção à aréola (se sentir dor, não desista!!! acredite em mim); duchas quentes também ajudam.

  A Volta à Forma Física
Cedo ou tarde todas nós devemos enfrentar o momento de subir na balança e de dar uma olhada no espelho. Mesmo se nas primeiras semanas estamos submersas entre mamadas, fraldas e outros afazeres, chegará o momento de fazer um balanço do pós- parto. Considerando o aumento de peso ideal de 11 quilos durante a gravidez, logo após o parto você terá perdido cerca de 5 quilos (o bebê que em média pesa 3,3 quilos; a placenta 650 gramas; e o líquido amniótico 800 gramas). Em aproximadamente uma semana, você perderá mais dois quilos, uma parte devido à redução do útero, que de um quilo ou mais de peso volta aos normais 50-60 gramas; outra parte devido à eliminação de líquidos através da urina e do suor. Os quilos a mais são importantes e têm uma finalidade específica: são "programados" para a amamentação, representando uma reserva calórica que permitem ao organismo produzir leite.
  Perda de peso natural: o utero é o orgão que mais "sofreu" na aventura de sua gravidez. Durante nove meses, foi-se dilatando lentamente até chegar ao peso de aproximadamente 1 quilo. Foi crescendo até chegar a dimensões 30-40 vezes maiores do que o normal, indispensáveis para acolher um bebê de cerca 3 quilos. Logo após o parto, o utero começa a diminuir, cerca 1 cm ao dia, e para retornar às dimensões originais serão necessárias 3 a 4 semanas. As contrações que se sentem neste período são o resultado do mecanismo de diminuição das fibras muscolares.
  Quando iniciar uma dieta: durante a amamentação não existe razão lógica para iniciar uma dieta. Aliás, quem assim fizer corre o risco de não poder nutrir bem o próprio bebê pois a produção e a qualidade do leite podem ficar comprometidas. Espere o fim da amamentação para iniciar uma dieta. Mas se você optou pela mamadeira, poderá então iniciar uma dieta sem problemas, desde que com calma e inteligência... lembre-se que você tem um gasto maior de energia com os cuidados com seu bebê e com o cansaço das noites de sono interrompido. Inicie com alguns truques simples que ajudarão a dar início a uma volta à forma física gradativamente: faça compras quando não tiver fome (evitará de comprar guloseimas, docinhos e outras delicias calóricas); encha o carrinho de frutas e verduras (além de super dietéticos, são excelentes fontes de vitaminas e sais minerais); esqueça as dietas relâmpagos (são obviamente pouco saudáveis, deixando-a debilitada fisicamente e logo a seguir você recuperará os quilos perdidos); evite iniciar dietas sem orientação médica, melhor procurar um especialista que a ajudará de forma programada a recuperar a forma física, corrigindo deficiências nutricionais e hábitos errados.

Nasceu!

Em uma palavra quantos sentimentos: alegria, felicidade, emoções, e também preocupações e ansiedades. O nascimento de seu filho mudará totalmente a sua vida, seja no plano físico como mental. O recém chegado preencherá totalmente o seu dia, chamando continuamente a sua atenção porque tem fome ou sono, porque quer carinho... porque precisa de você. Mesmo se você se preparou para este momento e principalmente se é sua primeira experiência como mãe, tudo parecerá incrivelmente difícil: entender porque está chorando, a papinha que tem que ser preparada, a conciliação do trabalho-casa-filho... Nascem assim as incertezas e a necessidade de informar-se, de perguntar, de buscar conselhos.
Este é o objetivo do blog: ajudar nos cuidados com seu bebê, enfrentando com calma dia após dia e até os dois anos de idade, as suas necessidades, admirando suas conquistas, participando de sua alegria de viver.
Naturalmente, nenhum livro ou manual poderá substituir o seu instinto e o bom senso que cada mãe e pai possuem dentro de si. Porém, dicas e informações são sempre bem vindas. As páginas que seguem pretendem orientá-los para esclarecer dúvidas, mas devemos sempre estar cientes da necessidade da ajuda e colaboração do próprio pediatra.

Estou grávida! e agora?

Provavelmente todas as mulheres grávidas se fazem esta pergunta... E provavelmente será acompanhada por inúmeras outras perguntas, preocupações, dúvidas e curiosidades.
Os sentimentos envolvidos fazem de nós um turbilhão de emoções... uma hora sentimos uma felicidade absurda, outra hora uma arrebatadora vontade de chorar e ficar quietinha num canto. A partir de agora, serão nove meses de expectativas, ansiedades, emoções a flor da pele, sem dúvida a fase mais divina da vida de uma mulher e também a mais tumultuada.
Como é a evolução do bebê ao longo dos nove meses dentro do ventre materno? O que posso ou não fazer para conduzir a minha gravidez da melhor forma possível? Quais os sinais de alerta e os sintomas e sensações mês a mês?
Enfim, uma série de informações serão necessárias para a futura mamãe (e papai também) e esta é a finalidade deste manual, colocar de forma clara e de fácil compreensão, aquelas orientações e esclarecimentos que toda gestante busca para estar bem informada sobre a sua gravidez, mas sempre lembrando da importância de um pré-natal acompanhado por um médico especializado.

O aspecto psicológico

Ao pensarmos em engravidar não imaginamos como é importante escolher o momento certo. E como é bom poder programá-lo... Uma ocasião tão especial requer muitos preparativos. É  hora de arrumar nossa casa interna para acolher este ilustre convidado: o bebê!!
Papai e Mamãe bem afinados dão o tom que embala estes 9 meses. É muito importante que ambos queiram, estejam presentes, unidos e preocupados em receber este bebê estando bem enquanto pessoa e casal. A tarefa é ampliar um espaço dentro de si próprio para acolher emocionalmente o bebê e aproveitar a oportunidade de gestar não só o filho, mas também um novo ser dentro de si mesmo. O momento é de grandes reflexões, descobertas e mudanças.
O período gestacional quando desejado é recheado de alegria, mas junto com o crescimento da barriga vem as dúvidas, temores, anseios e fantasias. A intensidade desta mistura de sentimentos em relação a situação de ter um filho varia não só de pessoa a pessoa, mas também de época ou de momento de vida que atravessamos: pode ser mais sentida na gestação ou depois do nascimento.
Nesta hora vale contar com o apoio dos amigos e familiares. É importante trocar experiências com outras grávidas, cuidar do corpo e da mente. Seu equilíbrio emocional reflete em seu bebê. Converse, desabafe, entre em contato com seus sentimentos. Ande, nade, medite, durma mais... Tenha uma alimentação balanceada, tome florais, faça massagens e continue suas atividades. Procure estar feliz.
Com a "casa interior" em ordem podemos garantir uma gestação mais saudável e um desenvolvimento posterior tanto físico quanto emocional do bebê.
 Aspectos Psicológicos da Gestação
 Estados emocionais podem dificultar a concepção?
Sim, o equilíbrio hormonal e a regularidade da ovulação são facilmente rompidos em função da ansiedade e de conflitos com relação à maternidade.

 Há sempre uma oscilação entre desejar e não desejar um filho?
Sim, isto é absolutamente normal e caracteriza todos os relacionamentos pessoais significativos.

 O que a mulher sente ao ser confirmada a gravidez?
Uma mistura de sentimentos: alegria, apreensão, medo e em alguns casos franca rejeição.

 A gravidez pode ser uma ameaça ao casamento?
Geralmente ela traz maior integração do casal, mas se a estrutura conjugal for frágil, este fato pode desestabilizar o casal.

 O que fazer quando isto ocorre?
O ideal seria aumentar o diálogo com o companheiro procurando fortalecer a união. As vezes se faz necessário consultar um psicólogo abrindo um espaço para expor seus temores, fantasias e preocupações preparando emocionalmente o homem e a mulher para terem este filho.

 A grávida em conflito pode apresentar náuseas e vômitos mais constantes?
Sim. Além das mudanças hormonais e metabólicas a ambivalência e a rejeição intensas podem provocar estes sintomas.

 Ocorrem oscilações de humor durante a gestação?
Sim, com o aumento da sensibilidade podem ocorrer maior irritação, choro e risos com mais facilidade.

 Porque muitas mulheres sentem-se mais seguras com a gravidez?
Em alguns casos a gravidez propicia uma sensação de grande poder e importância, sendo esta capaz de acolher dentro de si a vida sob forma de um novo ser.

 Como alterações do corpo influenciam a grávida?
Há diferentes tipos de reação. Algumas mulheres sentem orgulho pelo corpo grávido. Outras vêem as alterações do corpo como deformações, sentindo-se feias.

 Como o homem pode estar presente na gravidez de sua companheira?
Compartilhando com ela expectativas e fantasias em relação ao bebê, elaborando dentro de si sua relação com a criança e sua paternidade.

 O que ocorre quando o casal percebe os movimentos do bebê?
Em geral a percepção do movimento traz a sensação de alívio e segurança de que tudo está bem. Para o homem, colocar a mão na barriga da mulher e sentir os movimentos faz com que se sinta mais próximo de seu filho.

 As mudanças físicas ocorridas durante a gravidez são definitivas?
As várias partes do corpo tem a capacidade de ampliar-se para fazer as adaptações necessárias no decorrer da gravidez e do parto. E tem a mesma capacidade de voltar ao estado anterior a gravidez.

 Com a proximidade do parto a ansiedade aumenta?
Sim, ela é especialmente aguda nos dias que antecedem a data prevista e intensificam quando a mesma é ultrapassada.

 Como preparar-se adequadamente para o parto?
Com informações, relaxamento, acompanhamento médico e alimentação balanceada. Não esquecendo de conversar muito com seu bebê e procurar sua felicidade.

 Ocorrem mudanças após o parto?
Sim. O pós parto é a continuação da situação de transformação, pois ocorrem novas mudanças fisiológicas na mulher.

 Qual a palavra chave para o pós parto?
Flexibilidade e adaptação, requisitos necessário à mudança de rotina, de relacionamento familiar, de tarefas e aumento de responsabilidades, aprendizagens e descobertas.

 Como iniciar uma relação saudável com o bebê?
Perceber e satisfazer de modo adequado suas necessidades vendo-o como um indivíduo separado. E não ter como expectativa que o mesmo preencha certas deficiências do casal, evite solidão, diminua carência afetiva e etc.